quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Ministro critica portugueses que “hostilizam empresários” e “tratam o lucro como pecado”

António Costa Silva diz que “ataques” subvertem "tudo aquilo que deve ser uma economia de um país avançado".
O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, criticou esta terça-feira, em Barcelos, os portugueses que hostilizam as empresas e os empresários, tratam o lucro "como um pecado" e atacam o grande capital.
"nfelizmente, vivemos num país que, por motivos ideológicos, hostiliza as empresas, hostiliza os empresários, muitas vezes trata o lucro como um pecado (...). E, sobretudo, há também um ataque sistemático contras as grandes empresas e contra aquilo que muitos chamam o grande capital", referiu.
Falando durante um Fórum Regional da Indústria, Costa Silva disse que aqueles ataques subvertem completamente "tudo aquilo que deve ser uma economia de um país avançado".
Oxalá o país tivesse grande capital, o capital é exatamente uma das coisas que mais falta faz para capitalizar as empresas e desenvolver um percurso para o futuro", acrescentou.
“Máquina industrial lenta” e “fraca ligação ao que é tecido industrial” levam ministro à “exasperação”
Na sua intervenção, criticou ainda a lentidão da máquina do Estado, sublinhando que quase o leva à "exasperação". "Todos os dias quase que chego à exasperação, temos ainda uma máquina lenta, uma fraca ligação ao que é o tecido industrial", afirmou, defendendo que é preciso reformar métodos de trabalho e digitalizar processos, para agilizar procedimentos.
Em relação ao futuro, o ministro disse que o que o preocupa não é o desempenho deste ano, mas sim o que se vai passar em 2023, fruto de um contexto de conflitos geopolíticos que "não auguram nada de bom".
É uma conjuntura extremamente difícil, temos de nos preparar para um mundo novo", alertou.
Para o governante, as chaves para o sucesso das empresas portuguesas serão a capitalização e a cooperação. Antes de Costa Silva falou o presidente da Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, que aludiu à "brutal carga fiscal" que impende sobre as empresas e cidadãos e defendeu a necessidade de uma reforma que alivie aquela carga.
No entanto, na sua intervenção, o ministro da Economia não se pronunciou sobre a questão fiscal. No final, Costa Silva não fez declarações à comunicação social.

SIC Notícias/Lusa

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