Medina terá assinado contrato suspeito. Ministério Público acredita que o objetivo do esquema visou a angariação de dinheiro em obras públicas, com subornos de empreiteiros, para o financiamento ilícito do PS.
A Câmara Municipal de Lisboa confirmou a realização de buscas por parte da Polícia Judiciária no departamento de Urbanismo da autarquia, mas remeteu mais esclarecimentos para as autoridades judiciais.
“Qualquer esclarecimento deverá ser prestado pelas autoridades judiciais”, disse à Lusa fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa, confirmando apenas as buscas no departamento de Urbanismo.
A notícia das buscas, realizadas na terça-feira, foi avançada pela TVI/CNN Portugal. Em causa estarão suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação, numa nomeação para prestação de serviços que foi assinada em 2015 pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina, que é agora ministro das Finanças.
Fernando Medina terá contratado uma consultora de fachada, para as obras de requalificação da cidade. O objetivo, acredita o Ministério Público, “visou a angariação de dinheiro em obras públicas, com subornos de empreiteiros, para o financiamento ilícito do PS, através dos chamados sacos azuis”.
Em declarações à TVI, Fernando Medina disse não ter conhecimento de qualquer investigação, acrescentando apenas que “os processos de contratação da Câmara Municipal de Lisboa eram instruídos pelos serviços competentes para contratação, no cumprimento das normas aplicáveis”.
Olímpia Mairos/RR
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