A redução da dívida de
curto prazo em 20,87%, com consequências importantes na melhoria na
gestão da tesouraria do município, e a redução do passivo em 4,9%
relativamente a 2021 são dois dos dados mais relevantes do Relatório
de Gestão do Município de Cantanhede de 2022 que o executivo
camarário liderado por Helena Teodósio aprovou, por maioria, esta
quarta-feira, 12 de abril.
Na apreciação ao documento,
a presidente da Câmara Municipal destaca que “os
resultados do desempenho económico-financeiro do Município de
Cantanhede em 2022 são muito bons sob qualquer ponto de vista, mas
atingem uma expressão ainda mais relevante se se tiver em
consideração que a variação média anual da inflação se situou
nos 7,8%, a maior desde 1992 e significativamente acima da registada
em 2021, que foi de 1,27%”.
Só com “uma
gestão assertiva”,
o Município concretizou os principais objetivos a que se tinha
proposto nesta execução orçamental, num ambiente particularmente
adverso marcado pelos efeitos da pandemia de Covid-19 que ainda se
fizeram sentir no último ano e sobretudo devido à conjuntura
extremamente penalizadora para os agentes económicos e entidades
públicas que emergiu da invasão da Rússia à Ucrânia.
Na introdução ao Relatório
de Gestão, Helena Teodósio recorda também que, em 2022, a Câmara
Municipal assumiu as novas competências transferidas da
Administração Central no campo da Educação, que representaram um
aumento de 96,5% da despesa (corrente e de capital) nesta rubrica, o
que naturalmente se refletiu no acréscimo de 34,5% dos encargos com
pessoal, sobretudo em função dos 163 funcionários das escolas do
2.º e 3.º ciclos que passaram para a esfera da autarquia, mas
também em outros custos com os alunos destes níveis de ensino, como
as refeições ou os transportes. “É
certo que no âmbito desse processo, a instituição recebe algumas
verbas, mas estas são de todo insuficientes para colmatar as
despesas a que se destinam”,
sublinha a autarca.
No que diz respeito ao
investimento, a líder do Município assinala “o
esforço financeiro”
realizado na construção ou reabilitação de equipamentos
coletivos, na requalificação da rede viária, na aquisição de
terrenos para alargamento das zonas industriais e na valorização da
rede escolar”, mas também no domínio da habitação social,
nomeadamente na intervenção de fundo efetuada no Bairro Vicentino,
entretanto já concluída, e de qualificação das zonas urbanas e
espaços públicos um pouco por todo o território.
Numa análise detalhada aos
principais indicadores financeiros, Helena Teodósio destaca, além
da redução da dívida de curto prazo, que o índice do limite total
da dívida baixou de 0,31 para 0,29 da média da receita corrente dos
últimos três anos, quando o limite máximo legal admitido é de
1,5% dessa média, sendo de destacar ainda “o
excelente prazo
médio de pagamento a fornecedores”,
que se ficou pelos 16 dias.
“Por outro lado, é
especialmente relevante que o passivo tenha diminuído 4,9%
relativamente a 2021, enquanto os fundos próprios aumentaram 4,2%, o
que é particularmente sintomático do efetivo controlo das variáveis
de gestão que concorrem para a consolidação das contas da
autarquia, cuja autonomia financeira melhorou, situando-se agora em
94,3%”,
acrescentou.
Estes “entusiasmantes
resultados económico-financeiros”
são, de acordo com a autarca, “fruto
do elevado nível desempenho das equipas do universo do Município de
Cantanhede, do exemplar profissionalismo e sentido de dever de todos
os funcionários, o que de resto justifica o enorme apreço e
reconhecimento que tenho pelo seu trabalho”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário