Land Art Moving Biennal está de regresso entre os dias 4 e 17 de setembro, em vários espaços culturais de Águeda
A Câmara Municipal de Águeda, através do AgitLAB – Residências Artísticas de Águeda, vai realizar a segunda edição a Land Art Moving Biennal, que este ano cativou a atenção de mais de 80 artistas de todo o mundo, que se candidataram às duas áreas da bienal, a criação em contexto de residência de um projeto artístico de videodança e fotografia e um concurso de vídeo. A bienal decorre entre os próximos dias 4 e 17 de setembro, com atividades no espaço do antigo IVV (Instituto da Vinha e do Vinho), Parque Municipal de Alta Vila e Incubadora Cultural.
Depois de um processo de seleção das candidaturas pelo júri da bienal, composto por três artistas (entre as quais a responsável pela associação cultural Improvise & Organize, que dinamiza o AgitLAB), foram escolhidos dois projetos para residência artística e 14 filmes para serem apresentados ao concurso de vídeo.
No total, a open call lançada para a bienal cativou a atenção da comunidade artística internacional, tendo recebido 33 candidaturas para a área de residência e 49 para o concurso de vídeo.
“A grande atratividade que esta bienal teve é uma demonstração clara da importância que a produção cultural em Águeda tem nos panoramas nacional e internacional, evidência de que temos trilhado um caminho de afirmação de Águeda como um concelho produtor de arte e cultura. Esta é uma aposta estratégica que continuaremos a manter”, disse Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, aproveitando para convidar a população a estar atento ao programa da bienal e apreciar a arte que aqui vai ser apresentada.
Depois da primeira edição em 2021, realizada em contexto de confinamento e por isso online, esta segunda edição assume um formato mais arrojado e que ocupa vários equipamentos culturais da cidade, diversificando a oferta e os públicos.
Esta bienal debruça-se, sobretudo, sobre as paisagens naturais que marcam o concelho de Águeda. Este ano sob o tema “Vanishing Landscapes”, o evento pretende alertar para as consequências das alterações climáticas, pelo que os artistas foram desafiados a considerar estas ideias nos seus trabalhos recorrendo a meios como a dança, o vídeo e a fotografia.
Das mais de 80 candidaturas recebidas, Chai Ju Shen (Taiwan/França), com o projeto “Shark and Lotus” e Thomas Rohe & Tom Grand (Alemanha), com “Uncharted Skies” foram os artistas selecionados e que ficarão em residência, no AgitLab, durante o período em que decorre este projeto. Como referido, para além destes dois projetos em residência, vão ser também apresentados filmes no concurso de vídeo, com o melhor a ser votado pelo público. O grande vencedor será conhecido no dia 16.
Programa alargado da Bienal
Para além das residências e do concurso de vídeo, a bienal inclui um programa alargado e diversificado, onde constam algumas performances que dão continuidade a conceções artísticas também desenvolvidas no AgitLab. Kristina Feldhammer apresentará “Three Dots Marked the Space Where Something Was Missing” a 9 de setembro e Kathleen Doherty apresentará o seu projeto “Time” no dia 15.
Charles Cardin-Bourbeau com Alya Graham, Marie-Philippe Santerre, Oirana Moraes e Johnatan Malenfant com o projeto “A Cage (for Empress)”, que estiveram em residência artística em Águeda de 17 de julho a 5 de agosto, vão apresentar o seu trabalho final também no decorrer da bienal, no dia 16 de setembro (20h, no INCA).
Está ainda agendado um workshop de cinco dias. Designado de “Watering Words” (www.wateringwords.com), decorrerá de 10 a 15 de setembro (com apresentação final no último dia, junto ao Rio Águeda) e será conduzido por Kristina Feldhammer, Joanna Gruntkowska e Małgorzata Suś.
Durante duas semanas e com um programa bastante diversificado, com o cartaz completo que pode ser consultado nas páginas das redes sociais Facebook e Instagram do AgitLab, a cidade de Águeda poderá assistir e conhecer projetos de artistas internacionais de forma totalmente gratuita. O acesso às performances é livre e destinado a todos os públicos.
Ana Sofia Pinheiro
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