segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Obra ascende a quase 5 milhões de euros. Município de Cantanhede avança com remodelação e beneficiação da Escola Secundária Lima de Faria

 
O Município de Cantanhede acaba de formalizar o auto de consignação relativo à empreitada de Remodelação e Beneficiação da Escola Secundária Lima de Faria. O documento foi assinado no decurso de uma reunião da presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, com representantes da empresa adjudicatária, na qual participaram também o vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, o presidente da União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça, Nuno Caldeira, o diretor do Agrupamento de Escolas Lima de Faria, José Soares, e a diretora do Departamento de Obras, Anabela Lourenço.
Adjudicada por 4.749.903 euros, a obra será executada nos termos de um projeto que prevê uma intervenção de fundo nos três edifícios, nomeadamente os blocos de salas de aula e laboratórios e o bloco polivalente, tendo em vista a reorganização funcional dos espaços, a requalificação interior e exterior dos edifícios, bem como a valorização do seu enquadramento da envolvente e integração urbanística numa zona da cidade onde se concentram diversos equipamentos coletivos. Trata-se de um investimento que vai ser submetido a uma candidatura ao Programa de Recuperação/Reabilitação de Escolas - Modernização dos Estabelecimentos Públicos de Ensino dos 2.º e 3.º Ciclos e Secundário, no âmbito do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, cuja taxa de financiamento a título de subvenção é de 100% das despesas elegíveis.
Enquanto os trabalhos estiverem em curso, as aulas vão decorrer em vários módulos de contentores adequados para o efeito, os quais representam para o Município de Cantanhede uma despesa a rondar os 450 mil euros com o aluguer pelo período de dois anos.
Quanto ao investimento na reabilitação da Secundária Lima de Faria, a presidente da Câmara Municipal afirma que “há muito tempo que já devia ter sido efetuado, como aliás o executivo camarário reivindicou insistentemente junto da tutela desde há pelo menos uma década, pois já nessa altura a escola estava muito degradada, situação que penalizou toda a comunidade escolar durante todos estes anos, especialmente os alunos e os professores”.
Isto porque “a autarquia não podia avançar com as obras em património que pertencia à Administração Central, que por sua vez foi deixando arrastar este problema”, adianta Helena Teodósio, sublinhando que “valeu a pena a nossa recusa em aceitar a transferência de competências na área da educação enquanto não estivesse resolvido o financiamento para a reabilitação das escolas do segundo e terceiros ciclos e secundário, recusa essa que certamente contribuiu para agilizar a solução”.
No caso da requalificação e modernização da Secundária Lima de Faria, trata-se de um investimento previsto no acordo estabelecido entre o Município de Cantanhede e o Ministério da Saúde, segundo o qual a elaboração dos projetos e a abertura do concurso de empreitada cabem à autarquia, que entretanto assumiu a propriedade da escola aquando da aceitação da transferência de competências na área da educação, no início deste ano.
A obra vem na sequência da intervenção de fundo realizada na EB 2,3 Marquês de Marialva, em três fases, num processo também conduzido pela Câmara Municipal, incluindo a elaboração da candidatura para obtenção de financiamento da União Europeia, refere Helena Teodósio, adiantando que “nesta altura estão a ser ultimados pelo gabinete técnico do Departamento de Obras os projetos de reabilitação das EB 2,3 de Febres e da Tocha, após o que serão lançadas a concurso as empreitas e preparadas as respetivas candidaturas aos programas de financiamento comunitário”.
A Escola Secundária Lima de Faria, sede do agrupamento de escolas com o mesmo nome, foi inaugurada há 45 anos e os seus edifícios estão muito degradados, além de serem considerados bastante desadequados relativamente às respostas que os equipamentos escolares devem dar às necessidades e desafios do processo educativo na atualidade. Segundo o diagnóstico dos autores do projeto, a organização interior dos espaços é confusa e desfasada da vivência real dos utentes do estabelecimento de ensino, o que se verifica também ao nível dos equipamentos e mobiliário.
O projeto que vai agora ser executado tem como objetivo reabilitar e valorizar os espaços, adaptando-os a novas dinâmicas educativas e dotando-os de condições modernas, funcionais, cómodas, apelativas e estimulantes para todos os membros da comunidade escolar, o que contempla também a intervenção envolvente com preservação do essencial do património construído.

*Carla Cruz Silva
Divisão de Comunicação, Imagem, Protocolo e Turismo

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