terça-feira, 6 de agosto de 2024

Serviços hospitalares já podem receber medicamentos feitos com 60 mil litros de plasma português


Os hospitais portugueses já podem receber medicamentos derivados do plasma de origem nacional proveniente de dádivas de sangue de dadores benévolos. A produção destes medicamentos foi feita a partir de 60 000 litros de plasma recolhidos em Portugal ao longo de 2023 e dá continuidade ao cumprimento de um dos objetivos do Plano Estratégico do IPST, IP (2020-2022 e 2024-2026) que visa contribuir para a autossuficiência do país em alguns derivados do plasma.
Apesar de este ter sido o maior envio de plasma português para a indústria farmacêutica, resultante das dádivas de sangue, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) alertou recentemente para as reservas de sangue estarem mais baixas do que é habitual, nesta altura do ano, e em alguns hospitais já existirem dificuldades em assegurar todas as cirurgias.

O Conselho Diretivo do IPST afirma que “A entrega dos medicamentos derivados de plasma nacional aos hospitais contribui para a sucessiva e tendencial redução da dependência de importação, de acordo com o Programa Estratégico Nacional. O aproveitamento de plasma português permite produzir medicamentos que, em muitos casos, salvam vidas e tratam milhares de pessoas que sofrem de doenças graves. Este ciclo permite gerar uma poupança para o país, o que por sua vez contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde”.

Os medicamentos derivados do plasma humano podem ser utilizados em doenças raras, genéticas e crónicas como a hemofilia e imunodeficiências. Por outro lado, podem também ser utilizados em situações de trauma, doentes queimados e em procedimentos de cuidados intensivos – incluindo cirurgias, tratamentos oncológicos e transplante de órgãos.

Na sequência de um concurso público internacional, lançado em 2021, a Kedrion Biopharma foi a empresa adjudicatária para o fracionamento do plasma nacional.

Fonte:https://www.newsfarma.pt/noticias

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