Estava
em Braga e um turista brasileiro dirige-se à receção do hotel e
pergunta: “não há
qualquer perigo de deixar a viatura na rua com uma mala grande
dentro, pois não?” A
simpática rececionista ficou embaraçada. Lá disse que a mala era
melhor trazer para o hotel. “Quanto ao carro em princípio nada
aconteceria, não havia notícia de acontecer, mas…”
A
cena apresenta contornos interessantes. Num Brasil onde a sensação
de insegurança é alta, para
um brasileiro Portugal é um paraíso.
A ponto deste turista se sentir tão à vontade.
A
segurança é um dos fatores mais referenciados para os turistas nos
preferirem. Também por isso é
tão importante. O turismo já é uma base fundamental para o
equilíbrio das nossas contas. Há já uma dependência do setor.
Também
por isso deve preocupar muito os focos que estão a criar uma
sensação de insegurança. Mais polícia na rua, melhores condições
para assegurarem a sensação de segurança. Nossa e, muito, dos
estrangeiros que nos visitam.
Lembro
um episódio curioso de há uns 20 anos, seguramente. Os grupos
organizados de países do leste a quem haviam sido abertas as portas
da UE, ‘inundaram’ Lisboa. Os furtos na rua começaram a
preocupar. As polícias agiram com determinação e o preocupante
fenómeno desapareceu.
Segundo
recordo, um desses grupos defendeu-se dizendo mais ao menos isto:
‘mas nós não
roubamos portugueses, só estrangeiros!’
Garantir
a nossa segurança, a sensação de segurança. Assegurar a ideia de
que nós ou um turista pode deixar uma viatura na rua de uma cidade e
não será assaltado. É fundamental.
Eduardo
Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional de Imprensa
Regional
Destaque
“Assegurar
a ideia de que nós ou um turista pode deixar uma viatura na rua de
uma cidade e não será assaltado. É fundamental.”
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