Tornei pública a minha decisão de me desvincular do partido de que fui cofundador e secretário-geral, em virtude das opções políticas assumidas pela sua atual liderança, opções essas de cariz marcadamente ultraconservador, com as quais não me revejo.
A minha participação na fundação do partido teve como objetivo a criação de um espaço político plural, moderado e aberto a várias sensibilidades, entre as quais a tendência centrista, que sempre considerei essencial e na qual me identificava no projeto inicial da Nova Direita. Esse desígnio foi, entretanto, abandonado.
A democracia cristã, enquanto matriz de inspiração política, deixou igualmente de ser uma opção para mim no momento em que passou a ser compatibilizada com o apoio ou a condescendência para com líderes como Recep Tayyip Erdoğan, cuja prática política se afasta de forma evidente dos princípios do humanismo, da liberdade e do Estado de direito.
Por estas razões, e com total coerência com o meu percurso e convicções, sigo a minha vida política como independente, livre de amarras partidárias e fiel a uma visão moderada, democrática e responsável da intervenção cívica e política.
*Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor

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