sábado, 2 de abril de 2016

PASSOS ATACA COSTA E DEIXA (COM MUITO AFECTO) RECADOS A MARCELO


 
Passos Coelho discursa no 36.º Congresso do PSD, em Espinho.
Passos Coelho entrou ao ataque, no discurso inaugural do 36.º Congresso do PSD, em Espinho, deixando o seu “afecto”, mas com recados, a Marcelo Rebelo de Sousa e acusando António Costa de “soberba” e de “arrogância”.
No primeiro dia do congresso social-democrata, o presidente do PSD atirou-se às políticas do governo PS e, em particular, ao primeiro-ministro António Costa, de quem disse que, “acossado, em vez de corrigir a sua actuação, actua com soberba”.

Desafio ao PS para o diálogo

No discurso desta sexta-feira, Passos acusou António Costa de “não se importar de impor riscos desnecessários aos portugueses e de constituir um mau exemplo para toda a sociedade”, por “ameaçar instituições independentes“, referindo-se ao conflito com o governador do Banco de Portugal, e por se envolver “em negociações privadas, de bancos privados”.
Do governo socialista disse que “acusa o toque” e “revela arrogância”, alertando para os repetidos avisos das agências quanto à economia portuguesa e atirando com a possibilidade de novo resgate.
Apesar dos ataques, Pedro Passos Coelho desafia o primeiro-ministro para o diálogo com o PSD no capítulo da reforma do sistema de pensões, manifestando o interesse do seu partido em proceder a essa reestruturação.
“Esperamos que o Governo também possa apresentar uma proposta estrutural e não venha dizer que não quer mexer no factor de sustentabilidade para depois beneficiar do aumento da idade da reforma, para os 66 anos e meses, a que se opôs”, nota o líder do PSD.
Passos desafia ainda o PS para a discussão do sistema eleitoral, numa altura em que “não temos eleições à vista”, conforme fez questão de sublinhar.
Da sua parte fica a garantia de que os sociais-democratas vão apresentar, no Parlamento, umaproposta para a redução do número de deputados de 230 para 189 e para garantir aos eleitores a possibilidade de escolherem o deputado em que votam.

Afecto para Marcelo, mas com recados pelo meio

Na sua intervenção, Passos não se esqueceu do Presidente da República, o social-democrata com quem mantém, desde há muito, uma relação tensa. Falando sempre em “Rebelo de Sousa”, começou por lhe deixar “com muito afecto, um abraço muito forte”.
Mas Passos não se esqueceu de deixar os seus recados a Marcelo, avisando-o de que a actuação do Presidente da República “não se confunde com o plano de intervenção do governo e não se pode confundir com o jogo partidário”.
Passos ainda alertou o Presidente de que o cargo exige “mais interesse pela estratégia nacional do que com a espuma dos dias”.

Avisos à oposição interna

Finalmente, Passos Coelho deixou avisos à oposição interna, numa altura em que se especula com vários potenciais candidatos à sua sucessão, nomeadamente Rui Rio e Morais Sarmento.
Notando que “insistem em que o partido se reinvente”, o recém-reeleito líder do Partido Social Democrata frisa que o PSD não é “uma maria-vai-com-as-outras”.
“Não arranjamos projectos para o futuro do país em função das conjunturas”, diz Passos Coelho.
SV, ZAP
Que se lixem as eleições!!!! Agora como é?

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