sábado, 2 de abril de 2016

A CASA É SUA!

Situação crítica e aposta infeliz - Jornal O Guaíra
João António Pagliosa
Ao lermos Mateus, 20: 17 a 19, entendemos que Jesus estava pronto para viajar a Jerusalém, onde sabia que morreria a pior das mortes. Então ele chamou os seus discípulos à parte, e lhes falou que seria condenado pelos chefes dos sacerdotes, que seria entregue aos gentios para ser humilhado, torturado e crucificado, e que seria ressuscitado, ao terceiro dia.
Jesus sabia tudo o que lhe aconteceria nos dias vindouros. E ele não desistiu da cruz! Não desistiu por amor a mim e por amor a você!
Em Mateus, 27: 27 a 31, lemos que a tropa de soldados romanos, (era mais de trezentos homens), tirou a roupa de Jesus e o deixou nu. E o cobriram com um manto vermelho vivo, e uma coroa de espinhos pontiagudos foi trançada e colocada com força em sua cabeça. Um caniço foi colocado em sua mão direita.
Agora sim, zombavam os soldados, agora temos o proclamado rei dos judeus, devidamente trajado, com manto real, com a coroa e com o cetro ou cajado. E escarneciam de Jesus, e cuspiam nele e batiam sobre a coroa com o próprio caniço que arrebataram de sua mão, de sorte que os espinhos eram cravados fundos em sua cabeça, causando-lhe dor atroz.
Jesus, o rei dos reis, suportou tudo isso calado. E ele não desistiu da cruz!
Em Lucas, 4: 16, lemos que Jesus foi a sinagoga  para orar, no seu último sábado de vida aqui na terra. E ele fez a leitura da palavra, como era sua rotina. Jesus fez esta ação para mostrar que todos devem prestar suas obrigações, independente das circunstâncias, porque é importante vivermos nossas rotinas, nosso cotidiano, independente do que nos cerca.
Não podemos ficar paralisados por circunstâncias, e, meu prezado leitor, Deus que nos entregar o seu maná diário.  Talvez, neste exato momento, você esteja preocupado com o seu futuro, com o futuro das pessoas que você mais ama, entretanto, Deus conhece o seu coração e se confiar nele, não precisará se preocupar com mais nada. Absolutamente nada. Deus proverá!
Em Marcos 1: 1 a 11, dois discípulos de Jesus são encarregados de trazer-lhe um jumentinho. Ora, o dono do jumentinho, ao ser informado que seu animal iria servir ao Senhor Jesus, cede-o de imediato. Sem titubear!
Talvez isso lhe pareça pouco, mas naquela época um jumentinho valia muito, e esta passagem deve nos remeter àquelas ocasiões em que Deus nos pede alguma coisa, e nós simplesmente não cedemos. Algumas vezes, até fazemos de conta que o assunto não é conosco, não nos diz respeito.
Caros, o jumentinho que precisamos entregar ao Senhor pode ser resumido na frase: “Eu me rendo, Senhor”!
Talvez o seu jumentinho seja um sonho apenas seu, isto é, um sonho que Deus não compartilha, portanto, um sonho sem nenhum futuro, sem nenhuma chance de se tornar real. Eu próprio, vivi muitos sonhos assim.
Eles se desvaneceram no nada, na utopia do lugar nenhum!
E o jumentinho que carregou Jesus também teve seus momentos de glória e honra. Enquanto passava carregando Jesus, pelas ruas cheias de gente, a multidão aplaudia, e gritava, e posicionava tapetes à sua passagem. Que momento de júbilo para aquele jumentinho!
Então, quando Deus lhe pedir algo, entregue sem vacilar e nem titubear. Entregue porque Deus o honrará!
No Brasil, vivemos dias históricos. O momento é crítico e muitos temem pelo amanhã.
O tempo de aflição chega para muitos, mas nunca olvide que Deus é consigo. Vá até o fim em suas batalhas, não recue e honre a Deus com o seu comportamento, e com o seu comprometimento com Ele.
Não banalize ações que você precisa fazer com honra!
E se algo o incomoda e você não consegue resolver, simplesmente entregue nas mãos do Senhor. Há situações em que somos incompetentes mesmo!
E nós cristãos somos templos do Espírito Santo. Deus habita em nós, e é crucial, que brademos: “A casa é sua, Senhor! Mude as coisas de lugar; transforme o meu coração e a minha vida. Mexa com as minhas estruturas, óh, Pai! A casa é sua, Senhor. Pode entrar e permaneça aqui para todo o sempre. Permaneça sempre aqui comigo”!

Com meu carinho.

João Antonio Pagliosa

Curitiba, 29 de março de 2016.

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