domingo, 1 de maio de 2016

Cabo Verde. DISCUSSÃO TERÁ ORIGINADO MASSACRE DOS MILITARES DE MONTE TCHOTA

CEMFA deixa o cargo mas só fala para a semana


O major-general Alberto Fernandes pediu a sua exoneração do cargo de Chefe de Estado Maior das Forças Armadas (CEMFA). A confirmação surgiu este sábado, no mesmo dia em que surgem novos dados sobre as possíveis causas do massacre de Monte Tchota.

Naquela que foi a primeira declaração pública desde a tragédia, no interior de Santiago, conhecida dia 26, o porta-voz das Forças Armadas, coronel Jorge Andrade, anunciou também que, na segunda-feira, o próprio CEMFA falará ao país.

O porta-voz das Forças Armadas aproveitou a ocasião para reiterar que o ataque ao destacamento militar teve “motivos pessoais”. Ao mesmo tempo, o comandante da Guarda Nacional, coronel Jorge Martins, alvitrou que um desentendimento entre tropas pode ter estado na origem dos trágicos acontecimentos.

O alegado autor das onze mortes, Antany Silva, teria tido sido castigado pelo sargento, cumprindo serviço em substituição do soldado com quem tinha discutido. Insatisfeito, terá ameaçado “matar todos”, algo que não foi levado a sério, disse a fonte militar.

O suspeito. já foi, entretanto, apresentado a um juiz, para primeiro interrogatório judicial e legalização da prisão. Vai aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva.

O comandante da 3ª Região Militar, tenente-coronel Carlos Monteiro, admitiu uma “falha de comunicação” entre o destacamento de Monte Tchota e a 3ª região Militar e garante que a situação será cabalmente esclarecida, após uma investigação, actualmente em curso.

O massacre de Monte Tchota provocou 11 vítimas mortais, todos do sexo masculino e com idades compreendidas entre os 20 e os 51 anos. Oito militares e três civis, dois de nacionalidade espanhola e um cabo-verdiano, perderam a vida.

Foto Inforpress

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