“Eu penso que é uma injustiça estar a aplicar sanções a Portugal por causa do ano de 2015 e vou explicar isso. Há razões para isso, não é uma razão sentimental ou emotiva”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa, que tem previstos encontros, na segunda-feira, com a chanceler Angela Merkel e ainda com o Presidente da República Federal, Joachim Gauck, e com o presidente do Bundestag (parlamento federal), Norbert Lammert.
O Presidente da República realiza uma visita oficial a Berlim entre domingo e segunda-feira, tendo como principal objectivo sensibilizar as autoridades alemãs para a “injustiça” que representaria a aplicação de sanções a Portugal devido ao défice.
O próprio chefe de Estado admitiu, na quinta-feira, que “há um tema fundamental para tratar em Berlim e esse tema fundamental é o tema das sanções”, que voltou à agenda europeia e nacional após o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, ter alegadamente manifestado a sua oposição ao adiamento de sanções a Espanha e Portugal decidido pela Comissão Europeia, durante uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), na passada quarta-feira em Bruxelas.
“Eu penso que é uma injustiça estar a aplicar sanções a Portugal por causa do ano de 2015 e vou explicar isso. Há razões para isso, não é uma razão sentimental ou emotiva”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa, que tem previstos encontros, na segunda-feira, com a chanceler Angela Merkel e ainda com o Presidente da República Federal, Joachim Gauck, e com o presidente do Bundestag (parlamento federal), Norbert Lammert.
Nestes encontros, o Presidente da República irá então explicar as diversas razões pelas quais considera inapropriada a aplicação de sanções, tendo em conta que, como o próprio sublinhou, a Alemanha “tem muita influência na altura devida”, e deve “jogar com toda essa influência para não aplicar sanções, nem a Portugal, nem a Espanha”.
As razões que irá expor, enumerou, são Portugal ter feito “tudo o que devia ser feito”, as divergências serem de contabilização, nunca antes terem sido aplicadas sanções no quadro do pacto de Estabilidade e Crescimento, tal representar “um sinal de falta de compreensão e de solidariedade em relação aos sacrifícios do povo português”, e, por fim, não ser “um estímulo para 2016 e para o esforço que é preciso continuar a fazer no plano orçamental”.
Além do tema das sanções, que dominará assim a deslocação do chefe de Estado a Berlim, Marcelo Rebelo de Sousa indicou que leva também uma segunda mensagem, a de que "o que tem a contar por parte do Presidente da República português é estabilidade política e governativa", que já levou ao Parlamento Europeu, durante a sua visita a Estrasburgo, em Abril.
A visita a Berlim tem início no domingo com uma recepção, ao início da noite, a representantes da comunidade portuguesa em Berlim, na residência do embaixador de Portugal na Alemanha.
Fonte: Lusa
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