Um terço dos inquiridos para um estudo sobre os conhecimentos das doenças da tiroide desconhece os sintomas desta patologia, que afeta mais de um milhão de portugueses.
Um terço dos inquiridos para um estudo sobre os conhecimentos das doenças da tiroide desconhece os sintomas desta patologia, que afeta mais de um milhão de portugueses.
Na véspera da Semana Internacional da Tiroide, que decorre entre segunda-feira e domingo, a Associação das Doenças da Tiroide (ADTI) divulgou um estudo sobre a perceção e conhecimentos dos portugueses face às doenças da tiroide, com base em 700 entrevistas.
Os resultados do estudo indicam que 89,2% dos portugueses já ouviu falar de doenças da tiroide, embora 37,9% não saiba identificar nenhuma.
“Os resultados demonstram um grande desconhecimento da população sobre o funcionamento da tiroide, com 54,2% a não quererem ou não saberem responder para que serve esta glândula”, afirmou a presidente da ADTI, Celeste Campinho, como comentário às conclusões do estudo.
A investigação apurou ainda que o hipertiroidismo (34,9%) e o hipotiroidismo (31,1%) são as doenças mais conhecidas, seguidas do cancro da tiroide (19%) e dos nódulos da tiroide (11%).
Quase metade dos inquiridos (42,2%) demonstrou saber que a oscilação de peso pode ser um sintoma de distúrbios na tiroide (42,4%)
“Existe um grande caminho a percorrer no sentido de fornecer aos portugueses o conhecimento necessário sobre as doenças da tiroide, para um tratamento adequado e manutenção da qualidade de vida. E aqui a ADTI pretende ter um papel fundamental na sociedade”, disse.
Este estudo foi desenvolvido pela ADTI, com o apoio do Grupo de Estudo da Tiroide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM).
Para Maria João Oliveira, membro do Grupo de Estudo da Tiroide da SPEDM, “um dos principais problemas é o desconhecimento dos sintomas, que muitas vezes se confundem com os de outras condições, o que leva a diagnósticos mais tardios”.
“As doenças da tiroide, nomeadamente o hipotiroidismo, têm um grande impacto na qualidade de vida dos doentes mas, ao mesmo tempo, um fácil tratamento”, daí a importância de “um rápido diagnóstico para tratamento adequado”.
Fonte: Lusa
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