A nova zona industrial de Montalvo, em Mira, vai acolher um investimento de 10 milhões de euros do grupo empresarial belga Gouda Vuurvast, que irá criar na fase de arranque 30 novos postos de trabalho.
"Trata-se de um projecto que terá muito impacto na economia do concelho, fruto de um trabalho de captação de investimento que temos vindo a desenvolver nos últimos anos", disse à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Mira, Raul Almeida, que na quinta-feira fechou o acordo com representantes do Gouda Vuurvast, grupo com investimentos nas áreas dos produtos refractários para a indústria, que em 2015 apresentou um volume de negócios superior a 320 milhões de euros.
Este investimento, acrescenta o autarca, "vem realçar e reforçar o posicionamento estratégico do município de Mira, em termos de localização geográfica e proximidade de importantes vias de comunicação, capazes de captar este tipo de investimentos, determinantes para o desenvolvimento económico e social da região".
A nova unidade industrial, que ficará instalada num lote de 32 mil metros quadrados vendido pela autarquia em 2015 por 200 mil euros, consiste na instalação de uma unidade de produção de carvão vegetal "pirolítico", uma tecnologia inovadora que o grupo Gouda Vuurvast descreve como sendo "totalmente amiga do ambiente, assente num novo paradigma de produção deste produto, voltado para a sustentabilidade, respeito pelo meio ambiente e eficiência no uso dos recursos".
Segundo Raul Almeida, a operação conta com financiamento comunitário, no âmbito do Portugal 2020 e do programa comunitário COMPETE 2020, sendo a parte não comparticipada suportada por capitais belgas, tendo sido já assinado o contrato de financiamento com o IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação).
Com início da laboração previsto para o primeiro trimestre de 2017, o projecto contará com um sistema de produção ininterrupta, funcionando em três turnos, sete dias por semana e irá gerar, no seu arranque, cerca de trinta postos de trabalho directos, não estando ainda contabilizados os postos de trabalho indirectos, nos quais se incluirá toda a logística, transporte, fornecedores de matérias-primas, entre outros.
Ainda segundo Raul Almeida, os investidores belgas comunicaram que toda a produção prevista para o primeiro ano de laboração já se encontra pré-vendida, destinando-se na sua totalidade à exportação.
Para além do lote já adquirido por 200 mil euros na nova Zona Industrial do Montalvo, criada em 2015 a sul do concelho, o grupo empresarial belga reservou um segundo lote de 20 mil metros quadrados, adjacente ao primeiro, a pensar numa eventual expansão da unidade fabril.
Raul Almeida refere que estão a ser negociados outros investimentos para Montalvo, uma zona industrial que para já oferece apenas meia dúzia de lotes com infra-estruturas e acessibilidades, mas que tem uma área de expansão superior a 40 hectares.
Fonte: Lusa
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