Maria de Fátima Macedo estava acusada de difamação por se ter referido, em entrevistas, a um jovem que chegou a ser arguido em processo-crime como suspeito pelo homicídio.
A mãe de Diogo Macedo, jovem que morreu em 2001 na sequência de agressões numa praxe na Tuna Académica da Universidade Lusíada de Famalicão, foi na tarde desta sexta-feira absolvida pelo tribunal da Maia. Maria de Fátima Macedo, de 62 anos, estava acusada de quatro crimes de difamação. Em causa estavam entrevistas de Maria Macedo a um jornal e a duas televisões em 2014 durante as quais nomeou os suspeitos da morte do filho. A juíza considerou que a arguida não teve intenção de ofender e expressou aquilo que era a sua convicção, tendo por base o que conhecia do processo-crime aberto para investigar a morte do filho e que foi arquivado.
Olavo Almeida, tuno agora com 39 anos – que chegou a ser arguido na investigação ao homicídio depois arquivada –, não gostou do que ouviu. Apresentou uma acusação particular por difamação e o Ministério Público decidiu acompanhá-lo. O queixoso exigia ainda uma indemnização de 120 mil euros. Durante a leitura da sentença, a juíza do tribunal da Maia considerou que “não era com esta acção” que Olavo Almeida “ia limpar” o seu nome. Processo-crime arquivado
Processo-crime arquivado
Diogo, que frequentava o 4.º ano de arquitectura, morreu com 22 anos, na noite de 7 de Outubro de 2001. Saiu de casa dizendo que iria resolver a sua vida na tuna e nunca mais voltou. Apesar de estar no quarto ano, continuava caloiro na tuna. Agressões durante a praxe ditaram-lhe o destino, concluiu um juiz num processo cível, conclusão que em 2013 o Supremo Tribunal de Justiça confirmou. Mas os culpados directos nunca foram julgados. Por falta de provas, o processo-crime acabou arquivado. Três anos de investigação sucumbiram a um muro de silêncio imposto na tuna.
Em entrevistas ao Diário de Notícias, à SIC e à TVI, Maria de Fátima Macedo ousou nomear os suspeitos da morte do filho. Em Fevereiro de 2014,convidada para programas naquelas televisões a propósito das mortes de seis jovens da Universidade Lusófona numa praxe na praia do Meco, que aconteceram em 2013, Maria não se conteve. Recordou o caso do filho. “Existem dois suspeitos; fizeram um pacto de silêncio; chamaram-no para o matar; justiça era meter dentro da cadeia os assassinos do meu filho, porque há dois, um tal Olavo Almeida e um Armando.”
Fonte e Foto: publico
Comentário: se todos os elementos do grupo que formaram ou ainda formam a praxe (na altura fossem) todos condenados a indemnizações e penas de prisão exemplares, quiçá lhes servisse de lição, assim não. O jovem alegadamente morto no decorrer de uma praxe, a mãe ficou sem o filho, ainda teve que se sentar no mocho para prestar contas à justiça.
Viva a sociedade contemporânea, viva a justiça contemporânea. estamos todos bem servidos com o que o País nos dá.
J. Carlos
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