segunda-feira, 18 de julho de 2016

MÁFIA DA AMÊIJOA GANHA MAIS DE MEIO MILHÃO DE EUROS EM APENAS 6 MESES


 


O contrabando de amêijoa apanhada ilegalmente tem gerado lucros de milhões de euros e movimentado uma rede organizada que se pode comparar a uma verdadeira máfia, com a intervenção até de traficantes de droga.
O Serviço de Investigação Criminal da Polícia Marítima (PM) de Lisboa acusou mais de 10 pessoas no âmbito de uma investigação em torno da apanha ilegal de amêijoa, especialmente nas zonas do estuário do Tejo e das rias Formosa e de Aveiro, noticia o Jornal de Notícias.
Estão envolvidas, pelo menos, cinco empresas, algumas ligadas ao sector da venda de marisco, outras apenas de fachada, vários empresários e até dois conhecidos traficantes de droga da Margem Sul do Tejo, de acordo com os dados do diário.
O negócio seria tão organizado que se pode falar de uma verdadeira máfia com controle da apanha da amêijoa, da mão de obra, da gestão dos barcos para o transporte e do armazenamento e contrabando para Espanha, destaca o JN.
A polícia terá também apreendido falsos certificados de origem e documentos com selo branco falsificado, o que atesta a força da organização.
Os lucros gerados são avultados, bem como os prejuízos para o Estado e para os empresários de marisco e de depuração que actuam no mercado devidamente legalizados.
Uma das empresas envolvidas neste negócio ilegal de amêijoa terá lucrado meio milhão de euros em apenas seis meses, sem qualquer imposto pago, conforme dados da Polícia Marítima citados pelo JN.
As sanções penais pouco severas, que prevêem um máximo de três anos de prisão, potenciam o interesse pela apanha ilegal de amêijoa.
Além de crimes de contrabando e fraude, os envolvidos neste processo respondem ainda pelo crime de atentado à saúde pública, por o armazenamento e transporte da amêijoa clandestina não cumprir as normas de higiene e segurança.
ZAP

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