No dia 23 de julho será inaugurada,
pelas 16h30, no Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos, a exposição
"O Grupo do Leão. A arte moderna de Silva Porto, Columbano, Malhoa, Pinto,
Maria Augusta Bordalo Pinheiro e de outros Leões e Leoas". Esta exposição
integra obras de conceituados artistas e poderá ser visitada até 31 de
dezembro.
O
interesse em captar a paisagem “do natural”, já introduzido pela geração
romântica, confirma, com sucesso junto do público, as propostas de arte moderna
de Silva Porto, em 1879, primeiro bolseiro do Estado em Paris. Coloca-se no
centro de um grupo de artistas, alguns também pensionistas nesta cidade, e no
foco das atenções dos críticos de arte. Ramalho Ortigão logo o visita no
atelier e convence-o acerca da importância de representação da “natureza viva
dos campos” (Ramalho Ortigão. Diário da Manhã, 1879) e da pintura ao ar-livre,
em viagens pelo país. Falava de uma fórmula naturalista, ainda em 1883, tal
como os mestres holandeses do século XVII tinham captado a realidade. No entanto,
Simões de Almeida, Tio, mestre de escultura na Academia de Belas-Artes, sugere
aos seus discípulos José Malhoa e Henrique Pinto a frequência de Figueiró dos
Vinhos porque seria escusado andar de trouxa às costas a percorrer Portugal. Em
Figueiró tinham tudo: paisagem, luz, motivos e modelos populares para pintar...
“Expõe Malhoa uns quadros de género,
simples pastorais, que parecem ter sido feitas de colaboração com o seu colega
Henrique Pinto, tanto a factura deles se assemelha à deste artista. Houve quem
chamasse àquela série Escola de Figueiró dos Vinhos. Em toda ela se distinguem
as mesmas qualidades, e avultam os mesmos defeitos.” Ribeiro Artur – Arte e
artistas contemporâneos (Exposição do Grémio Artístico) 1896
Figueiró dos Vinhos, 15 de julho de 2016
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