Um jornalista do "The Sun" conseguiu ser recrutado para uma missão suicida do Estado Islâmico. Bastou usar uma aplicação de mensagens instantâneas!
A história é contada esta quinta-feira pelo diário britânico que, por questões de segurança, omite o nome do jornalista infiltrado. A investigação foi acompanhada pela polícia de antiterrorismo e pelos serviços de segurança do Reino Unido.
Durante dois meses, o jornalista esteve em constante contacto com Khurasami, um jiadista do Estado Islâmico que tem como função recrutar novos terroristas, no Reino Unido e nos EUA, através de aplicações de mensagens instantâneas que encriptam o conteúdo. Desta feita, usaram o "Telegram".
Antes de ser "enviado em missão", o jornalista teve de se sujeitar a provas. Por exemplo, foi-lhe pedido que respondesse a algumas perguntas sobre o Islão, sobre rituais e também sobre orações. Teve ainda de gravar uma mensagem de voz a recitar o Alcorão e enviar uma fotografia.
Depois de ganhar a confiança do seu interlocutor, foi-lhe definido o objetivo da missão: executar um ataque suicida no centro de Londres, nas imediações do Big Ben ou da "London Bridge", atuando como "lobo solitário". Recebeu um guia detalhado de como fazer uma bomba e uma lista do material que teria de adquirir para construir o dispositivo.
O atentado devia ser inspirado em episódios recentes, seguindo passos e instruções de outros jiadistas. "Aprende com Nice. Arranja um carro e estaciona-o num local com muita gente, e arranja uma arma que possas disparar ao mesmo tempo. Enquanto estás no carro, usa as balas todas, pressiona rápido o gatilho. As duas coisas devem ser num instante. Não há tempo a perder", escreveu o terrorista, segundo a reportagem do The Sun.
O ataque estava agendado para segunda-feira passada. Khurasami enviou uma última mensagem no domingo onde se podia ler: "Nós vamos lembrar-nos de ti. Mas não te quero desviar das tuas intenções, irmão. Como os irmãos que já fizeram isto. Amanhã é como Deus quiser".
Ainda na reta final da preparação, o jiadista disse que Alá o amava e que se iriam encontrar no paraíso brevemente.
Fonte:JN
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