O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) admitiu que hoje uma adesão maior à greve dos trabalhadores do setor da saúde devido ao anúncio pelo Governo de que haverá congelamento de salários em 2017.
Em
declarações hoje à agência Lusa, o sindicalista adiantou que a
adesão ao segundo dia de greve vai ser superior ao de quinta-feira
(em que a adesão rondou os 80%), devido ao anúncio pelo Governo de
que haverá em 2017 um congelamento de salários.
"Os
números [de adesão] vão ser hoje ligeiramente superiores,
justamente porque também hoje temos a greve [nacional] dos
enfermeiros, o que implica uma maior mobilização de todos. Ainda
mais porque o Ministério das Finanças veio anunciar a consolidação
em princípio nos orçamentos dos serviços de que não haverá
aumentos salariais, haverá congelamento para 2017", adiantou.
José
Abraão lembrou que há assistentes operacionais e técnicos de
diagnóstico, por exemplo, que ganham 532 euros por mês, trabalham
40 horas e recebem por 35.
"Agora
vem a ameaça de que terão os salários congelados. Hoje estamos
mais sensíveis para aderir à greve e lutar pelos nossos direitos,
para não perder poder de compra", sublinhou.
Os
funcionários do setor da saúde iniciaram na quinta-feira uma greve
de 48 horas, para exigir a reposição das 35 horas semanais a todos
os trabalhadores e a celebração de um acordo coletivo de trabalho,
assim como o pagamento de horas extraordinárias.
Lusa|Foto:
DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário