PORTUGAL 2020
Nove
empresas fecham hoje contrato e juntam-se aos já 1215 projetos com
apoio garantido a empresas portuguesas
A
produção de bicicletas de gama média e alta, algumas elétricas,
maioritariamente para exportação, garantiu à FJ Bikes o acesso aos
fundos do Portugal 2020. A empresa de Águeda fecha o contrato hoje
e, se cumprir os requisitos à risca, poderá receber um incentivo
comunitário de 3,762 milhões de euros, 60% do investimento total
que prevê realizar (6,269 milhões). Entre os compromissos a cumprir
pela empresa estão 100 postos de trabalho, bem como a
internacionalização de 85% do seu produto.
A
FJ Bikes não é a única a embarcar nos investimentos apoiados por
Bruxelas. Esta sexta-feira são assinados nove contratos, numa
cerimónia a realizar no Montijo. Os projetos juntam-se a um total de
1215 negócios já com financiamento garantido pelo Portugal 2020,
selecionados entre 1906 candidaturas já analisadas.
Em
causa estão quatro concursos diferentes, para a inovação,
empreendedorismo, qualificação de PME e Internacionalização, num
investimento total que ascende a 1608 milhões de euros, 822 milhões
de apoios comunitários que começam a chegar a estes negócios nas
próximas semanas. Entre estes negócios estão especialmente
projetos relacionados com a indústria metalúrgica, de maquinaria,
borrachas e plásticos, bem como o setor automóvel.
Mas
candidaturas apresentadas foram muito mais. O Ministério do
Planeamento e das Infraestruturas dá conta de um total de 3555
projetos a concurso para um investimento pedido que ascende a 3 mil
milhões de euros. Este patamar nunca tinha sido atingido na história
dos fundos dirigidos a Portugal e surpreendeu positivamente a equipa
de Pedro Marques, que prevê um reforço das exportações e do
emprego criado por Portugal – até porque é condição do
financiamento o cumprimento das metas a que as empresas se propõem.
Estes
1215 projetos já aprovados, e a que se juntam as nove empresas que
agora assinam contrato, estão longe de representar os 1608 milhões
de investimento total (entre Portugal 2020 e investimento próprio).
A aprovação dá já ligação direta à criação de 13 296 postos
de trabalho, dos quais cerca de 5000 empregos qualificados.
As
exportações, que também estão no centro do novo pacote de
financiamento apoiado, deverão, por sua vez, receber um contributo
de 2379 milhões de euros – só a FJ Bikes, uma das que assinam
hoje, prevê dirigir 85% do seu negócio para vendas ao estrangeiro.
As
exportações, que também estão no centro do novo pacote de
financiamento apoiado, deverão, por sua vez, receber um contributo
de 2379 milhões de euros – só a FJ Bikes, uma das que assinam
hoje, prevê dirigir 85% do seu negócio para vendas ao estrangeiro.
“Portugal,
ao contrário do que se diz, é capaz de se modernizar depois de uma
dinâmica negativa e de desmoralização. Toda a sociedade
portuguesa, e também os empresários, ganharam uma vontade de fazer
as coisas”, afirmou ao Dinheiro Vivo, Nelson de Souza, secretário
de Estado do Desenvolvimento e Coesão, lembrando que entre os
projetos e empresas candidatas estão grandes setores como o calçado,
indústria têxtil, aeronáutica e até o automóvel.
Ainda
não aprovado, mas também em destaque pelo Governo, está o concurso
para projetos de execução rápida que, um mês depois de ter sido
lançado, conta já com 223 candidaturas, numa proposta global de
investimento de 439 milhões de euros, destes, 176,4 milhões em
fundos comunitários. Nelson de Souza lembra que o propósito deste
programa, que em vez de ser executado em 18 meses é apenas em 12,
foi adiantar opções de investimento.
A
ideia inicial do Executivo era ter aprovados, ainda este ano, 20% do
investimento proposto, mas a forte adesão merece já uma revisão da
meta: em 2016, 40% do investimento proposto deve chegar às empresas.
A decisão sobre as empresas eleitas chega já em meados de novembro.
Fonte:dinheirovivo.pt/empresas
Mais
informações no site www.adasca.pt
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