domingo, 18 de dezembro de 2016

CIENTISTAS PODEM TER DESVENDADO UM DOS MISTÉRIOS MAIS ANTIGOS SOBRE O SOL


 
SDO / NASA
Imagem de uma explosão solar classe X2.0 captada a 27 de outubro de 2014
Até hoje, ninguém conseguiu explicar porque é que a atmosfera do Sol é cerca de 200 a 500 vezes mais quente do que a sua superfície. Mas um grupo de cientistas norte-americanos está, agora, mais perto de desvendar o mistério sobre a coroa solar.
Através da missão IRIS – um satélite da NASA que está a recolher informações sobre o Sol – os especialistas dizem que a coroa solar é parcialmente aquecida por “bombas de calor”, causadas por explosões de energia provenientes de campos magnéticos que se cruzam e se realinham na região.
Com o estudo, publicado no Astrophysical Journal, os cientistas esperam conseguir descobrir se a atmosfera do Sol está a ser aquecida de uma maneira uniforme ou em “bolsas quentes” separadas que se espalham pela atmosfera superior.
A IRIS faz com que a análise seja mais fácil, pois é capaz de verificar a região de transição solar, a área entre a superfície do Sol e a coroa, e pode medir o movimento do gás quente ao pormenor.
“Como a IRIS pode identificar a região de transição 10 vezes melhor do que os instrumentos anteriores, pudemos ver material quente entre os campos magnéticos”, explica a investigadora Paola Testa, do Centro de Astrofísica Smithsonian de Harvard, citada pelo Science Alert.
“Esta teoria é compatível com modelos da Universidade de Oslo, em que a conexão magnética desencadeia bombas de calor na coroa”, destaca.
Essa conexão magnética, onde o calor e a energia são libertados, é também responsável por outros fenómenos, como as chamas solares.
Desde o seu lançamento em 2013, a IRIS, que funciona como uma espécie de lupa para estudar as bordas da atmosfera do Sol, e tem fornecido aos cientistas detalhes sobre a atividade solar.
Anteriormente, os cientistas usaram imagens da IRIS para encontrar provas de pequenas chamas solares chamadas nanoflares, através das quais o Sol liberta energia.
As observações das nanoflares foram apoiadas por dados enviados por outro satélite da NASA, EUNIS (ou Espectrograma de Incidência Normal Ultravioleta Extrema).
De acordo com os especialistas, a nova descoberta pode ajudar a prever quando é que as tempestades solares podem atingir a Terra, visto que são acontecimentos capazes de causar danos sérios ao nosso planeta.
E, se os cientistas pretendem desenvolver esta incrível fonte de energia limpa, segura e quase ilimitada, então é necessário descobrir saber mais sobre as reacções químicas que ocorrem em torno do Sol.
BZR, ZAP

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