A sopa de vitela que teria mais de 2 mil anos e que foi encontrada em escavações arqueológicas, num túmulo na China, é afinal, apenas água subterrânea.
A notícia percorreu o mundo, anunciando-se que arqueólogos chineses encontraram um recipiente com uma sopa ou um guisado de carne, que teria sido cozinhada há mais de dois milénios, na província central chinesa de Henan.
Foi o instituto arqueológico local que divulgou a pretensa descoberta, publicando na rede social chinesa Weibo imagens desta “sopa”, encontrada dentro de potes antigos usados para cozinhar, num túmulo em Chengyang, próximo da cidade de Xinyang.
Por todo o mundo se anunciou que se podem observar claramente ossos de vitela e outros ingredientes alimentares no “caldo” encontrado no túmulo do tempo do Estado de Chuo, um dos reinos chineses que existiu entre os séculos VII e II antes de Cristo.
Mas afinal, esta “sopa” resulta simplesmente da infiltração de águas subterrâneas no túmulo.
A explicação é dada pelo líder das escavações, Wu Zhijiang, em declarações ao Beijing Youth Daily, o jornal oficial da Juventude Comunista de Pequim, que são citadas pelo site chinês Chinadaily.com.cn.
“A água no pote parece caldo, mas é na verdade água subterrânea”, salienta o arqueólogo.
“Descobrimos que há infiltração de águas no poço do túmulo, já que o nível da água é bastante alto, por isso está realmente inundado”, destaca Wu Zhijiang.
Confirma-se que os ossos do “caldo” são de facto, de animais bovinos, mas serão o resultado de sacrifícios deixados no túmulo, que eram habituais naquele período, e não de um qualquer cozinhado milenar.
SV, ZAP / Lusa
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