As escolas públicas continuam em queda no ranking de sucesso elaborado pelo Ministério da Educação (ME), sendo que a melhor, a Infanta D. Maria, em Coimbra, surge somente no 30.º lugar. Entre as melhores a Português está uma escola com a maioria dos alunos de origem africana.
O Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, mantém a liderança no ranking das melhores escolas nacionais, ao nível do ensino secundário. A instituição particular, propriedade do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria, mantém o título pelo terceiro ano consecutivo, embora baixando a média para os 14,98 valores.
Em segundo lugar, neste ranking elaborado pela Renascença com base nos dados do ME, surge o Colégio St. Peter’s School (14,65 valores), em Palmela, Setúbal, e no terceiro posto aparece o Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, com uma média de 14,34 valores.
Melhor escola pública só aparece no 30.º lugar
Os primeiros 29 lugares do ranking são ocupados por instituições particulares e a primeira pública, no 30.º lugar, é a Secundária Infanta D. Maria (12,48 valores), em Coimbra.
A segunda melhor escola pública é a Secundária José Falcão, também em Coimbra, e a terceira melhor é a Secundária de Porto de Mós, em Leiria, com uma subida de 20 lugares para o 38.º posto.
Entre as escolas que fizeram exames do ensino secundário, há subidas no ranking de mais de 250 lugares e descidas de mais de 300, com uma privada a liderar as subidas e uma pública as quedas.
O Colégio de Amorim, da Póvoa de Varzim, Porto, foi a escola que mais subiu em relação ao ano anterior, tendo em conta o ranking elaborado pela Lusa com base nas informações divulgadas pelo ME relativas a 518 estabelecimentos.
A escola subiu 261 posições, do 335.º lugar para o 74.º, passando a integrar o top 100. A média nos exames subiu de 10,15 valores para 11,79 valores.
Maioria das escolas chumba a Português e Matemática
A maioria das escolas teve média negativa nos exames de Português do 9.º ano e apenas 20% conseguiu positiva a Matemática, segundo os dados do ME que revelam uma ligeira descida das notas.
Entre as 1.230 escolas que levaram alunos a exame, apenas 306 registaram média geral positiva nas duas provas, ou seja, três em cada quatro escolas tiveram “negativa” (75%), enquanto no ano anterior as negativas atingiram 70% dos estabelecimentos escolares.
Quanto a Português, quase uma em cada quatro escolas tiveram média positiva no exame nacional, com três escolas públicas entre as dez melhores na disciplina.
A melhor escola a Português foi a Academia de Música de Santa Cecília, uma privada, com uma média 15,64 valores em 14 exames realizados.
Entre as dez melhores a Português está a Escola Dr. Azevedo Neves, na Damaia, arredores de Lisboa, conforme nota o Público frisando que é frequentada maioritariamente por alunos filhos de imigrantes africanos. A escola, de que os alunos falam como “a mais africana da Europa, surge na posição 239.º no ranking geral de 590 estabelecimentos de ensino.
Quanto ao exame nacional de Matemática do 12.º ano, a melhor classificada foi o Colégio de São Teotónio, em Coimbra, com 11 exames realizados e uma média de 18,01 valores. O Colégio Terras de Santa Maria, de Aveiro (16,38 valores), e o Colégio Cedros, no Porto (16,17 valores), ficaram em 2.º e 3.º lugares respectivamente.
Só escolas em Aveiro melhoram desde 2011
Apenas cinco escolas secundárias, todas no distrito de Aveiro, se destacam pela positiva ao longo de vários anos, quando se comparam alunos de contextos socioeconómico semelhantes que frequentam escolas parecidas.
Este indicador, criado pelo ME, permite perceber melhor o trabalho realizado pela escola, comparando os resultados académicos de alunos que provêm de ambientes socioeconómico semelhantes.
Viseu lidera distritos com melhor média
Em termos distritais, Viseu foi o que alcançou a melhor média nos exames nacionais do secundário, com uma média de 11,17 valores, num total de 7.956 exames realizados.
Coimbra ocupa este ano a segunda posição, com uma média de 11,13 valores em 9.417 exames realizados, depois de ter sido o melhor distrito em 2015.
ZAP / Lusa
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