Após um concurso público polémico e apesar de o caso decorrer ainda em tribunal, o governo autorizou o Instituto de Turismo de Portugal (ITP) a lançar um campanha internacional para a promoção do país na Internet num investimento de 10 milhões de euros.
O caso é noticiado pelo jornal i que se reporta a um decreto publicado pelas secretarias de Estado do Turismo e do Orçamento em Diário da República, a 18 de Novembro passado, onde se reconhece que o concurso público para a realização desta campanha publicitária levou à instauração de “duas impugnações judiciais”.
Mesmo assim, a campanha de 10 milhões de euros avança, “sem prejuízo das vicissitudes que envolvem aquele procedimento” judicial, com o intuito de lançar a promoção turística de Portugal a partir de Janeiro de 2017, sublinha o i.
O jornal nota que este processo começou logo com polémica, aquando do concurso público para a realização da campanha.
As agências de publicidade Nova Expressão, Carat e Media Gate, que foram preteridas no concurso, avançaram com acções judiciais contra o ITP, visando anular o concurso, nomeadamente contestando os valores propostos que consideram demasiado elevados, tanto mais estando em causa uma entidade pública, e logo lesivos para o Estado.
O concurso público previa um contrato de quatro anos que “no máximo, teria de atingir 60 mil euros mensais, isto é, um total de 2,88 milhões de euros“, cita o i.
A OMG, do grupo Omnicom, foi a agência de publicidade escolhida, avançando com um valor 70% abaixo, enquanto as outras duas propostas eram em 50% inferiores ao preço estipulado pelo ITP.
A Nova Expressão e a Media Gate alegam que a OMG “apresentou um preço 70% inferior porque não apresentou lucro, o que é proibido pela lei portuguesa”.
ZAP
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