Em
especial no Natal, pode comprar um presente que fará feliz mais do
que a pessoa presenteada. Mas sabe exatamente qual a percentagem
destinada a ajudar?
Ao
comprar um cartão de Natal ou outro produto da
Unicef, efetivamente só está a contribuir com entre 18 e 20% para
causas humanitárias.
Este
é o valor líquido fixo que a instituição recebe por cada artigo
vendido, desde que adotou um novo modelo de vendas, em 2015.
Pode
não parecer muito, mas trata-se de uma estratégia para colmatar a
progressiva diminuição das vendas de produtos cujo valor reverte
para a Unicef.
Em
termos de royalties "é uma boa margem", explicou
ao Notícias
ao MinutoMadalena
Marçal Grilo, Diretora Executiva do Comité Português para a
UNICEF. E uma vez que não há preocupação com custos, "é
muito mais rentável para o objetivo principal: enviar fundos para
benefício de crianças".
Com
o novo modelo, a empresa espanhola Forletter está encarregue da
venda destes produtos na Península Ibérica, entregando 18 a 20%
do valor de venda à Unicef através de royalties.
Outros
23% vão para o Estado, cobrados em IVA, e o restante é destinado à
Forletter, que se responsabiliza por toda a produção, armazenamento
e distribuição, encargos que antes recaíam sobre a Unicef. "Num
produto que custe um euro, 23 cêntimos são IVA e 20 cêntimos são
para a Unicef", exemplificou Madalena Marçal Grilo.
Se
houve uma altura em que se venderam muitos cartões em Portugal - no
início do milénio foram mais de quatro milhões - com a crise as
coisas mudaram. Em 2014, o último ano antes da adoção do novo
modelo de negócio, ainda se venderam 91 mil cartões.
Outra
mudança, ressalva Madalena Marçal Grilo, é que os produtos da
Unicef costumavam estar isentos de IVA.
Em
2015 a Unicef recebeu, líquidos, 37 mil euros, mas a
diretora executiva do Comité Português, espera que este ano
seja um valor superior. “É um modelo que será para manter”,
assegura.
Para
estabelecer um protocolo de licenciamento, a Unicef tem de se
certificar de que a empresa parceira cumpria todos os requisitos -
como não recorrer a trabalho infantil -, sendo que o produto final
tem de ser "previamente aprovado".
Este foi o primeiro cartão da Unicef:
© Steve Antonelli/Unicef
Os cartões de Natal são os produtos mais vendidos da Unicef nesta época do ano. Tudo começou quando uma menina checoslovaca quis agradecer à instituição a ajuda prestada à sua aldeia após a Segunda Guerra Mundial.
Três anos depois, corria o ano de 1949, o desenho de Jitka Samkova foi utilizado para criar um cartão de Natal. Todos os anos, a partir daí, há anualmente vários cartões de boas-festas diferentes, concebidos com a colaboração voluntária de artistas.
Fonte:noticiasaominuto
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