PONTO DE SITUAÇÃO!
Martinho Júnior, Luanda
Os "iluminados do mercado" enquanto síntese e os "revús" (entre outros), enquanto antítese, constituem as duas faces da moeda anti-patriótica da manipulação da aristocracia financeira mundial contra Angola, inibindo qualquer veleidade de outras interpretações e correntes possíveis mediante outras formas de pensar e de agir.
Com isso eles procuram neutralizar qualquer hipótese de análise do imperialismo por via das interpretações materialistas dialéticas disponíveis, algo que para mim constitui a questão essencial a nunca perder de vista, conforme minha trilha publicamente assumida desde 1998.
Abordo a evolução das situações correntes conjunturais acima das cabeças daqueles angolanos que compõem a "burguesia nacional", as "novas elites", os "iluminados do mercado", os "iluminados da era Bush", os “diamantários do costume”... qualquer que seja a sua designação ou estatuto de mais ou menos arrogantes castas ou elites, grupos que, por via da priorização de seus próprios interesses egoístas, se estão a tornar anti-patrióticos, pois eles são um produto intestino e endógeno da terapia neoliberal capitalista instalada na sequência do choque neoliberal de Savimbi (1992/2002), assumida em tempo de "social democracia" (e dum partido de massas que arrisca a perder a sua qualidade histórica de vanguarda), enquanto os "revús" e outros afins, são um produto exógeno que, no âmbito da manipulação contraditória instrumentalizada pela aristocracia financeira mundial, procuram gerar o jogo político propício às mais avançadas ingerências contemporâneas, graduando desde logo a sua ementa e intensidade.
Por isso uns são constitucionalistas (algumas franjas da oposição nas margens vaporosas desse constitucionalismo), enquanto os outros procuram derrubar de forma velada, ou de forma clara, mas em qualquer dos casos assumidamente, a ordem constitucional vigente, recorrendo a apoios e“bases” institucionais no exterior (entre eles, a título de exemplo, deputados com voz activa na Assembleia Nacional da República Portuguesa, ou nos areópagos internacionais, desde os das constelações institucionais pertencentes à União Europeia, até aos instrumentos ao dispor duma Open Society, ou duma National Endowment for Democracy)...
Esses apoios, “bases” e caminhos, integram em soft power” os processos típicos das culturas de assimilação que rebuscam o passado desde o período final do colonialismo português, passando pelas ambiguidades dos sucessivos governos portugueses desde o 25 de Novembro de 1975, até aos comportamentos e atitudes de algumas das castas e elites dominantes, sob os pontos de vista económico, financeiro e sócio-político, na actualidade “transversal” em Angola.
Neste âmbito a graduação da ementa e intensidade da ingerência e da manipulação parece-me evidente:
Primeiro a fase da "inocência" de gente como a injecção projectada com recurso emblemático aos"revús" (um trabalho que o National Endowment for Democracy gere, impulsiona e financia), ou com recurso à USAID, ou a ONGs que integram os tentáculos da matriz manipuladora (conforme ao carácter do USAFRICOM, ou da Voice of America, entre outros, no continente africano)!...
Depois, num segundo patamar, o reforço de sensibilidades sócio-políticas mais alargadas recorrendo a sectores "de oposição" (o que é por demais viável em época eleitoral como a que se propicia em 2017)!...
Tudo isso vai-se intensificando na direcção dum terceiro patamar, que pode recorrer à"desobediência civil", ao caos e ao terrorismo, incluindo o recurso a vias clandestinas de migração provenientes do exterior (por exemplo, integrando circuitos islâmicos afins aos “jihadistas”financiados pelas mesmas entidades e nos mesmos termos dos “jihadistas” das "primaveras árabes", das "revoluções coloridas" e do Afeganistão, tirando partido da migração ilegal em curso muito sensível nas incidências em fronteiras, como as da costa noroeste, as do vale do Cuango e as do vale do Cuanza no seu circuito do planalto).
O recurso do capital aglutinado nos 1% que a todo o transe pretendem dominar o resto do mundo, recorre ao capitalismo neoliberal como esteio para a implantação e desenvolvimento de condutas doutrinárias e ideológicas como as proporcionadas por Milton Friedman, por Francis Fukuyama, por Leo Strauss, ou por Gene Sharp, entre outras, associadas aos bons ofícios por exemplo, duma Open Society, ao dispor do filantropo-especulador que dá pelo nome de George Soros, ou dum qualquer fundamentalista como o protagonizado por um providencial McCain de ocasião e ao movimento de fundamentalistas de toda a ordem, que desde logo se identificam com e tiram partido do ambiente dos processos alienatórios propiciados pela corrente assimilação na via da globalização hegemónica unipolar…
Os novos assimilados angolanos contêm nos seus comportamentos, atitudes, ideologias e outros processos de expressão, em todas as esferas possíveis de actividade enquanto castas e elites afins, elementos antropológicos do passado colonial de seus antecessores, como elementos antropológicos contemporâneos de subculturas dependentes do caudal anglo-saxónico da globalização hegemónica unipolar.
Em Angola, intensificando-se o fluxo de alienações, está-se na fase-tentativa de se passar do primeiro para o segundo patamar da ementa e intensidade da ingerência e impacto neoliberal, o que nos leva à espectativa em relação ao carácter de relacionamento que advirá com a administração republicana de Donald Trump!
Fotos por ordem: Donald Trump, Milton Friedman, Francis Fukuyama, Leo Strauss e Gene Sharp, o novo Presidente dos Estados Unidos e quatro “filósofos” da bateria que criou algumas das mais explícitas doutrinas de que se socorre a aristocracia financeira mundial para levar a cabo a formatação de ingerências e manipulações, no quadro da globalização hegemónica unipolar, ainda que recorram à “desobediência civil”, à desagregação dos estados e instituições, ao caos, ou ao terrorismo.
Algumas consultas:
- As produções Open Society… – http://paginaglobal.blogspot.pt/2016/11/angola-as-producoes-open-society-george.html
- A hegemonia unipolar estimula a internacional neo fascista – http://paginaglobal.blogspot.pt/2016/01/a-hegemonia-unipolar-estimula.html
- O fim da era Bush em Angola – http://paginaglobal.blogspot.pt/2015/12/o-fim-da-era-bush-em-angola.html
- Doenças psico-sócio-políticas que vêm de longe – http://paginaglobal.blogspot.pt/2015/11/doencas-psico-socio-politicas-que-vem.html
- A propósito de alguns fundamentalismos correntes e “transversais” – http://paginaglobal.blogspot.pt/2016/12/a-proposito-de-alguns-fundamentalismos.html
- Ressaca no Bloco de Esquerda – http://paginaglobal.blogspot.pt/2016/08/ressaca-no-bloco-de-esquerda.html
- MARTINHO JÚNIOR FACEBOOK UMA NINHADA DE RATAZANAS FASCISTAS MADE IN EUA –http://paginaglobal.blogspot.com/2016/12/martinho-junior-facebook-uma-ninhada-de.html?spref=fb
- LUATY BEIRÃO, AVESSO À CRÍTICA E À OPINIÃO DE OUTROS, QUEIXOU-SE AO FACEBOOK? – http://paginaglobal.blogspot.pt/2016/12/luaty-beirao-avesso-critica-e-opiniao.html
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