300
marines norte-americanos chegam à Noruega mesmo após protesto da
Rússia
Cerca
de 300 fuzileiros navais norte-americanos ('marines') chegaram hoje à
Noruega, uma mobilização em rotação que a Rússia já condenou e
que surge num momento de tensão por causa de exercícios da NATO no
Báltico.
As
tropas norte-americanas chegaram, com armas e bagagens, ao aeroporto
de Vaernes - perto da cidade de Trondheim - provenientes dos
aquartelamentos dos 'marines' na Carolina do Norte.
A
Noruega - membro da NATO - anunciou em outubro que tinha aceitado um
pedido dos Estados Unidos para estacionar tropas no seu território.
A mobilização de 'marines' - feita por rotação, para não agravar
a tensão com Moscovo - foi apresentada como um teste de um ano no
sentido de permitir aos fuzileiros treinar e fazer exercícios com o
exército norueguês em condições climatéricas adversas.
No
entanto, a iniciativa motivou à mesma a condenação por parte da
Rússia. "De certeza que isto não vai melhorar a situação de
segurança na Europa do Norte", indicou um porta-voz da
embaixada russa em Oslo, Maxim Gurov, numa resposta enviada em
outubro à agência France Presse.
As
relações entre a Rússia e o Ocidente estão tensas desde há mais
de dois anos, primeiro devido à intervenção russa na Crimeia e na
Ucrânia e depois na Síria (onde apoia o regime de Bashar al-Assad).
Na
semana passada, a NATO enviou milhares de tropas norte-americanas
(bem como dezenas de carros de combate e centenas de veículos
blindados) para a Polónia no âmbito de um dos maiores exercícios
desde a Guerra Fria.
A
operação vai estender-se também a outros países do Báltico, como
a Lituânia e a Estónia.
Antes
de se juntar à NATO em 1949, a Noruega aplacou os receios russos ao
comprometer-se a não abrir o seu território a tropas de combate
estrangeiras "desde que não estivesse sob ataque ou ameaça de
ataque".
O
governo norueguês argumenta que os exercícios de tropas da NATO no
seu território - que ocorrem com regularidade - e a mobilização
por rotação não põem em causa esse princípio, o que aconteceria
com uma base permanente dos Estados Unidos.
Até
agora, os Estados Unidos têm material militar distribuído por
túneis escavados nas montanhas da Noruega, mas nada de tropas de
combate.
Fonte: DN
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