É só gastar rios de dinheiro sem resolver os problemas que a própria ONU ajudou criar na Guiné-Bissau. Essa organização funciona em função dos interesses das grandes potências em certas regiões do mundo, a título de exemplo, a ONU autorizou a invasão à Líbia que culminou com o assassinato de Kadafi, hoje, a Líbia é país divido e governado pelas fações, ao mesmo tempo saqueado pelos abutres ocidentais.
Um país com riquezas como o nosso, é sempre alvo de várias disputas, o que se passa na Guiné-Bissau, resume-se ao seguinte: disputa entre a CEDEAO e a CPLP(organização fantasma que não serve para nada, exceto máfia), ou seja, quem governa se não defende os interesses da CEDEAO e dos seus patrões, entre os quais, a França, é alvo a bater, isso aconteceu ao Carlos Gomes Júnior mais conhecido por Cagado Júnior ou simplesmente anjo da morte, ou quem governa o nosso país e não defende os interesses da CPLP e dos seus patrões, entre os quais, Portugal e recentemente Angola, é alvo a bater, isso aconteceu ao Dr. Kumba Yalá e ao PRS. Esta guerra começou quando o Nino Vieira intensificou a cooperação com a França e agudizou-se quando a Guiné-Bissau aderiu a moeda Franco CFA em 1997.
A guerra de 07 de Junho de 1998 deixou bem patente a disputa pela Guiné-Bissau entre as duas organizações a CEDEAO e a CPLP, ou seja, o Nino Vieira recebeu apoio da CEDEAO e da França que patrocinou o envio das tropas do Senegal e da Guiné-Conacri para Bissau e a junta militar teve o apoio da CPLP e de Portugal que forneceu telefones satélite e apoio logístico aos militares de Ansumane Mané que mais tarde afastaram o Nino Vieira do poder. Portugal regozijou-se com a queda do Nino, julgando que passaria a controlar a Guiné e a ditar as regras, nessa altura muitos governantes portugueses não esconderam a alegria, "Tenho ao meu lado o homem (Ansumane Mané) que foi o grande artífice dessa vitória militar" - A frase pertence a Jaime Gama, na altura Ministro português dos Negócios Estrangeiros, durante uma conferência de imprensa conjunta, e antes de Ansumane Mané ser condecorado pelo Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, sob proposta do Governo de António Guterres, atual Secretário Geral das Nações Unidas. Uma vitória militar que quase 20 anos não mudou nada pelo contrário as coisas pioraram. Para terminar queríamos saber porque é que um país democrático como Portugal que defende a paz, estabilidade política, democracia e direitos humanos condecorou, Ansumane Mané, líder da rebelião que dizimou milhares de vidas e destruiu o país? Por: Bambaram dia Padida.
É bom que os guineenses saibam que não há almoços grátis. VEJA VIDEO: CONFISSÕES DE UM ASSASSINO ECONÓMICO - JOHN PERKINS
Projetos de agências da ONU incluem diálogo de alto nível e conferência sobre reconciliação nacional; verbas são do Fundo de Consolidação da Paz; ONU News conversou com a coordenadora da Secretaria do Fundo, Janet Murdoch, na capital guineense.
Amatijane Candé de Bissau para a ONU News.
O Fundo de Consolidação da Paz das Nações Unidas dispõe de verbas para financiar três projetos na Guiné-Bissau num montante de US$ 10 milhões até final de 2017.
Um diálogo de alto nível é um dos projetos financiado através do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação de Paz, no país, Uniogbis.
Reconciliação Nacional
A Comissão Organizadora da Conferência "caminhos para a paz" também está contemplada no referido fundo. Outros projetos são o de registo de nascimentos e o da reforma no sector de justiça financiados através do Fundo das Nações Unidas para a Infância e o Programa da ONU para o Desenvolvimento.
Falando à ONU News em Bissau, a coordenadora da Secretaria do Fundo de Consolidação da Paz disse que os aspetos logísticos dos recentes acordos políticos de Bissau e Conacri, alcançados sob mediação da Cedeao, foram financiados com verbas do Fundo. Para Janet Murdoch, só resultados positivos podem justificar a continuidade do tipo de financiamento no país.
"O valor do diálogo, da palavra, da irmandade e fraternidade, são esses valores que mantêm e consolidam a paz e a vivência desses valores. A medida que o país apropria-se, exige e vive esses valores é que vai ter paz. Os projetos são para incentivar isso, criar aqueles valores que vão consolidar uma paz sustentável."
Reforma de Segurança
Projetos importantes em andamento à espera de financiamento são as reformas nos setores da polícia e segurança fronteiriça. Janet Murdoch sublinhou alguns motivos da demora no desbloqueamento das verbas para financiar os projetos em causa e destacou a falta do componente e metodologia participativas.
"Os projetos têm que ter aquele elemento de consolidação da paz, ter aquela metodologia de participação cidadã. Esta característica faltou e estamos aqui para dar assistência técnica para viabilizar este elemento nos projetos. Estamos vendo como podemos adaptar o projeto inicial para que seja mais participativa, mais engajadora."
Segundo Murdoch, a Secretaria vem facilitando um conceito interagência para o desenvolvimento de um projeto estimado em cerca de um milhão de dólares. A ideia é engajar jovens e mulheres na vida política do país. Duas auscultações em dezembro de 2016 permitiram recolher orientações sobre como querem o projeto.
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