Ao
ler o livro de Jó (Antigo Testamento), compreendemos que a terrível
experiência que passou este homem é um drama
que
transcende nossas vãs filosofias. Transcende fronteiras geográficas,
transcende povos e etnias e pode acontecer com qualquer ser vivente.
Hoje
muito rico, abastado e abençoado por Deus. Amanhã, pobre, doente,
desqualificado e desprezado por todos à sua volta. Mas, até quando?
Em
Jó, 1:7 a 12, o Senhor conversa com Satanás e este desafia-o
dizendo: ” Porventura, Jó debalde teme a Deus? Acaso não o
cercaste com sebe, a ele, a sua casa, e a tudo que tem? A obra de sua
mão abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na face da terra.
Estende porém a mão, e toca-lhe em tudo que tem, e verás se não
blasfema contra ti na tua face.”
Disse
o Senhor a Satanás:” Eis que tudo quanto ele tem está em teu
poder; somente contra ele não estendas a mão.” E Satanás saiu da
presença do Senhor.
Caro
leitor, veja que lição extraordinária! Deus permitiu que o diabo
arrasasse completamente a vida de Jó, um homem íntegro e reto.
Todas
as suas riquezas foram dizimadas, todos os seus filhos foram mortos,
e quando notificado destas desgraças, disse:” Nu saí do ventre de
minha mãe e nu voltarei; o Senhor deu e o Senhor tomou; bendito seja
o nome do Senhor.”
E
Satanás feriu a Jó de tumores malignos do pé ao alto da cabeça.
Jó era só feridas horríveis e usava cacos para raspar-se.
E
a mulher de Jó lhe disse: ” Ainda conservas a tua integridade?
Amaldiçoa a Deus e morre!”
Então
Jó lhe responde: ” Falas como qualquer doida; temos recebido o bem
de Deus, e não receberíamos também o mal?”
Jó
simplesmente aceitou suas vicissitudes e não pecou. Continuou reto,
temente a Deus e suplicou suas graças. Ele não compreendia porque
precisava passar por tanto sofrimento (talvez assim como você), e
seus lamentos se derramavam como água.
E
Jó se perturba muito porque Satanás não lhe deixa descansar, não
lhe dá sossego, não lhe deixa repousar.
E
na perturbação que lhe aflige, Jó amaldiçoa o dia de seu
nascimento. Está transtornado mas não se rebela contra Deus.
E
Elifaz repreende a Jó, e o exorta que busque a Deus.
E
no capítulo 6, Jó nos mostra que somos impotentes e totalmente
dependentes de Deus. Por mais fortes, ricos e poderosos que sejamos,
não temos nenhum domínio sobre a nossa vida. Não temos nenhum
domínio, sequer sobre o pulsar de nosso próprio coração.
E
Deus está no controle de todas as coisas! Só observando, e nada
escapa aos seus olhos.
Se
você está sofreno, ore e confie no Senhor. É a oração que traz o
seu favor; e que muda o seu coração.
Não
insista em fazer as coisas do jeito que bem entende. Aqueles que
julgam possuir algum poder, não sabem o que lhes reserva o dia de
amanhã. E é por isso que reforço que os princípios instituídos
por Deus precisam ser obedecidos, executados e principalmente
consolidados. Sei por conta própria que não há como fugir disso. A
força de nosso braço é nada!
E
Jó no desespero, contendeu com Deus. E protestou contra a severidade
de Deus. E defendeu sua integridade e meditou sobre a brevidade da
vida. É apenas um sopro na amplitude do tempo.
Jó
sofre imensamente porém sabe que seu Redentor, vive! Afirma em sua
agonia a soberania de Deus e descreve de forma magnífica a sorte dos
perversos.
E
no capítulo 36, percebemos que o sofrimento de Jó visa apenas o seu
bem. É um teste para avaliação de sua fé. A recompensa virá.
Então
Deus muda a sorte de Jó, a partir do instante em que ele começa a
orar pelos seus amigos. Quando não se importa mais consigo mesmo,
mas com os outros.
E
tudo lhe é restituído em dobro! E viveu por mais cento e quarenta
anos. Velho, feliz, muito rico e farto de dias.
E
sua antiga esposa que lhe pediu para amaldiçoar a Deus?
Sabe
meu prezado, não há nenhum registro dela na história. Como todos
os insensatos, somem como a fumaça.
Com
carinho.
João
Antonio Pagliosa
Curitiba,
(PR), 16 de março de 2017
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