David Dinis, Director
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Morreu Martin McGuinness, figura-chave do IRA e do processo de paz na Irlanda do Norte. Era vice-primeiro-ministro e demitiu-se no início deste ano, provocando eleições antecipadas. Sofria de uma rara doença genética. Tinha 66 anos.
A luta Macron-Le Pen dominou o debate presidencial. Os principais candidatos estiveram frente-a-frente na televisão francesa, mas foi entre os dois candidatos à segunda volta que a conversa mais aqueceu. A discussão demorou três horas e vinte minutos (mas basta um para saber o essencial).
Trump vai proibir computadores nos aviões. Não em todos, só mesmo em viagens de (ou para) alguns países.
Timor-Leste elegeu o Presidente esperado. Francisco Guterres Lu-Olo era apoiado pelos dois maiores partidos e conta com cerca de 60% dos votos já contados.
Por cá, a Federação de Futebol deu prémios - mas as Quinas de Ouro quase não deram surpresas. O Benfica não foi à Gala (mas também não tinha prémios para receber).
As notícias do dia
Começamos com dois problemas:
- Uma guerra no negócio do lixo está a pôr a reciclagem em risco. A sociedade Ponto Verde passou a ter uma concorrente e anunciou que deixará de pagar às empresas que fazem a reciclagem. A ameaça, a concretizar-se, pode pôr em causa o funcionamento de todo o sistema. A Mariana Oliveira explica o que está em causa. Seguimos para mais um problema?
- Portugal comprou 524 toneladas de carne sob suspeita no Brasil. Sob suspeita porque as investigações à inspecção sanitária na comercialização de carne no Brasil levou ontem a UE, a Coreia do Sul e um dos seus maiores parceiros comerciais, a China, a restringir as importações de produtos bovinos e avícolas. Quais são os riscos? Quem é que nos deve uma explicação? Como é que isto se cruza com o rodízio da polémica de Temer? A palavra à Isabel Aveiro, ela sabe.
Agora um salto à banca (veja que disse salto, não assalto):
- Na Caixa, Macedo suavizou o plano de Domingues. Depois da pressão dos partidos, com um empurrão de Marcelo e do Governo. Ora veja o que muda nos balcões da Caixa. Dado curioso: A CGD já só tem um balcão em 70% dos concelhos, diz o Negócios.
- No Montepio, há um obstáculo à entrada de parceiros estratégicos. A dona do banco avalia a Caixa Económica acima do BCP ou do BPI - e a isto chamamos uma valorização excessiva, que cria um pequeno problema (ler com ironia). Com o banco no centro das notícias, António Costa veio ontem dar a palavra do Governo de que tudo estabilizará. Enquanto Tomás Correia nos dizia que não sai, mesmo que acusado de ajudar o GES, mesmo que o ex-líder da Caixa Económica diga que o filho de José Guilherme usou o Montepio para tirar dinheiro de Angola. A sua contestação está a caminho.
Da banca para a economia sobra o quê? Um problema de crédito. É o que diz um estudo da Gulbenkian feito para o Presidente da República. Diz-nos o texto que o malparado resulta de más opções dos anos antes da crise (não será uma surpresa). Contam-nos as conclusões que as empresas com maior potencial de crescimento têm mais restrições de financiamento (o que não é o que muitos nos têm dito). A história é do Negócios.
E eis que aparece mais um problema para a banca: os jovens já não pedem crédito à habitação, conta um livro que o JN já leu.
E do BCE para Portugal sobra o quê? Um aviso sério. Diz o Banco Central Europeu que Portugal está há três anos sob aviso, que nada fez do que prometeu - e que está na hora de a Comissão Europeia aplicar medidas mais duras. A nota ficou-se pelos 35%. A palavra escolhida é "sanções".
Uma notícia para descansar o BCE (mais ou menos): PS e BE alinham soluções negociadas para a dívida, excluindo assim um cenário de ruptura. A notícia é da Maria João Lopes (com uma pequena ajuda minha), antecipando as conclusões de um grupo de trabalho que nunca mais acaba.
Falando em cedências (agora no Superior): o Governo deixou cair as mudanças no acesso às universidades, face à falta de consenso no sector - conta o Samuel Silva. E também não aceita penalizações às praxes, segundo conta o DN. Também na Educação há uma nova política em risco (chama-se "perfil do aluno", mas obrigava a mudanças nos currículos).
E já que falamos de política...
PSD e CDS fecharam mais coligações do que em 2013. Nas autárquicas, ainda há nós por desatar, mas só as principais câmaras ficaram sem acordo. O coordenador autárquico do PSD é que parece não se importar se Leal Coelho ficar abaixo de Cristas (num cenário particular, diz ele à TSF).
Mas os tempos são de contestação a Passos: "A única coisa que tem a fazer é pedir licença sabática", diz o ex-autarca de Coimbra Carlos Encarnação, no jornal i.
Histórias com alma
O ultramaratonista que corre contra a esclerose múltipla. Chama-se Ramón Arroyo. Sim, tem esclerose múltipla. Mas conseguiu fazer várias provas de fogo do desporto como o Ironman - conte 3,8 quilómetros de natação, outros 180 quilómetros de ciclismo e 42,195 quilómetros de corrida. Diz que não é nem um "homem de ferro", nem um super-herói. Nós desconfiámos que sim e fomos conversar com ele. Joana, contas?
Agora sim, Trisha Brown parou de dançar. Pensava com o corpo, não apenas com a cabeça, o que fez dela uma das mais extraordinárias bailarinas do seu tempo. Sobretudo uma das mais influentes coreógrafas de todos os tempos: depois de Merce Cunningham, a dança pós-moderna perdeu outra das suas figuras fundadoras. A Inês Nadais presta-lhe a homenagem.
Não é fanatismo, é amor. Cientistas da Universidade de Coimbra estudaram o cérebro de adeptos das claques oficiais da Académica e do FC Porto. E agora sente-se, antes de ler as conclusões: quando vêem o seu clube, os adeptos activam circuitos cerebrais semelhantes aos do amor. "Amor romântico", jura a Andrea Cunha Freitas.
Hoje na agenda
- Governo reúne-se no Palácio de Monserrate, em Sintra, para aprovar um conjunto de diplomas sobre a floresta.
- A Comissão Política do PSD aprova mais 160 candidatos a presidentes de Câmara.
- O Dia Mundial da Poesia enche o país de eventos. O PÚBLICO juntou-se às comemorações: vamos lançar uma obra, com 20 dos nossos maiores poetas, e preencher o dia com uma ronda de leituras em 5 locais de Lisboa. Sim, hoje pode encontrar-nos por aí, a partir das 17h00 (daqui a pouco já lhe contamos onde).
- Começa o aumento de capital do Deutsche Bank, apontando a 8 mil milhões de euros.
Só mais um minuto
Algum calor, alguma chuva, tradições e muitas flores: assim voltou a Primavera. E diz o Miguel Esteves Cardoso: "Como será a primavera de 2017? Como impedi-la de tornar-se, mais uma vez, na mera ante-estação do verão de 2017?" A resposta? É esta.
E quem é que temos que copiar para sermos (ainda mais) felizes? Esta gente boa.
E que histórias felizes é que o PÚBLICO ainda tem para lhe contar? A do português que é mais rico que Trump; A de Maye Musk, a nova "it girl" da Vannity Fair (aos 68 anos); a de Josete, o sem-abrigo que mudou de visual - e ganhou um sorriso; a de Adélio, o benfiquista que pediu ajuda a Jorge Jesus para fazer feliz a namorada; e a de Sharon Stone, porque "aquele" gesto fez agora 25 anos (meu Deus, 25 anos).
Vá, é hora de nos concentramos. Agora que o sorriso já não sai, posso dizer-lhe isto tranquilamente:
Tenha um dia bom! Até já!
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