segunda-feira, 10 de abril de 2017

ARISTOCRACIA FINANCEIRA MUNDIAL IMPÕE O PIOR DO MESMO



1- Menos de três meses desde que começou a preencher o lugar da Casa Branca, o novo Presidente de turno rende-se e reduz-se à insignificância de todos os anteriores, enquanto sargentos-às-ordens da aristocracia financeira mundial, mais concretamente do núcleo duro do “abrangente” grupo belicista, que responde à agenda de defesa do dólar como irrevogável moeda padrão das transacções internacionais, sobretudo as ligadas aos produtos energéticos, num quadro prevalecente de hegemonia unipolar.

A moeda padrão está refém da poderosa banca privada de famílias tradicionais oriundas da velha Europa, conforme denunciou Louis McFadden e por isso o papel-moeda continua a ser reproduzido pela banca privada, o que propulsa o esforço militar e o militarismo “além mar”, num ciclo vicioso que a administração Trump e seus aliados “protecionistas” não conseguirão reverter.

Impossível reverter também alterações substanciais ao valor das matérias-primas, por muito raras que elas sejam: é a aristocracia financeira mundial, em função do seu domínio avassalador assenhoreado com a manipulação global do dólar, que dita a regra de todos os jogos, reservando para si o mais suculento por via de carteis, ou de consórcios que há muito eliminaram qualquer veleidade de concorrência.

Sendo esse o único plano estratégico em vigor de âmbito unipolar, a hegemonia unipolar obrigando a “formatação” de Trump à sua determinação, lança mão de todos os planos constituintes de ingerência, manipulação, caos, terrorismo e domínio no absoluto, pelo que qualquer que seja o inquilino na Casa Branca, qualquer que seja o programa eleitoral com que cada novo inquilino for eleito, é essa a trilha a cumprir e ponto final no assunto.

2- Os Estados Unidos e seus aliados-vassalos (os da NATO e os das monarquias arábicas), estão por dentro da gestação do caos e do terrorismo, enquanto armas que são atiçadas contra qualquer tipo de obstáculo que não aceite as regras de domínio da hegemonia unipolar, ou se proponha à concorrência.

Desde logo foi assim quando o caos e o terrorismo enquanto plasma de acção neoliberal, fizeram desaparecer do mapa euroasiático o socialismo enquanto conduta de um dos campos concorrentes da “Guerra Fria”!

O enredo da criação de organizações vinculadas ao caos e ao terrorismo, de sua orientação e da exploração dos mais odiosos métodos que elas empregam (o emprego por exemplo de armas proibidas), inscreve-se no exercício do domínio da hegemonia unipolar vitoriosa, que para levar a efeito maquiavelicamente a desestabilização (os fins justificam os meios), desde a guerra no Afeganistão ocorrida no tempo da administração de Ronald Reagan que desenvolve capacidades psicológicas de largo espectro, que “invadiram” os media de referência e são as razões profundas da sobrevivência desses órgãos de comunicação pública.

O carácter do capitalismo neoliberal que apaga do mapa qualquer hipótese de concorrência, é o fluido condutor para todos os interesses e actos de conveniência da aristocracia financeira mundial, desde as operações bancárias tuteladas pelos mais poderosos privados, aos meandros da implantação das novas tecnologias em função da corrente Revolução Tecnológica, até à proliferação de bases militares (já vão em 800 espalhadas pelo mundo) tensões, conflitos e guerras “assimétricas”capazes de criar armadilhas e surpresas aos incautos emergentes, procurando fazer com que sua concorrência, por fim, morra no ovo!

3- A evolução da situação no Médio Oriente indicia atingir um clima envenenado no superlativo, pois a rendição de Trump ao “diktat” pode constituir um acto escalonado no tempo e no espaço capaz de se reflectir em múltiplas nuances “assimétricas” a fazer evoluir em ordem geométrica, que incluem e arrastam as nuances “soft power”.

É fácil criar, onde quer que seja, justificação para uma qualquer aumento de tensão, conflito, ingerência, manipulação ou agressão… não haverão travões capazes de impedir a forja de justificações, nem o uso e abuso de pretextos, não sendo para a aristocracia financeira mundial muito de preocupar sequer as questões tradicionais que se prendem aos relacionamentos internacionais cuja arquitectura remonta ao período que se seguiu imediatamente à IIª Guerra Mundial, algo que o capitalismo neoliberal se encarregou de varrer para as calendas gregas do “fim da história”...

 A forja das contradições está na mão do 1% que constitui a aristocracia financeira mundial e assim elas podem surgir do nada, ou desaparecer, ou apenas mudar de intensidade, ou de lugar… tudo isso para que os 99% se vão autodiluindo, esquecendo a razão do seu antagonismo face ao avassalador domínio imposto.

É esse o quadro com que devem contar os emergentes multipolares!

O medo e a violência no colectivo por outro lado, moldam as comunidades, as nações e os povos, colocando-os em “ponto rebuçado” para as condutas privilegiadas de propaganda, contrapropaganda, mentira deliberada, omissão de factos e passagem de todo o tipo de mensagens que o domínio avassalador pretenda a seu bel prazer fazer passar!

O ambiente e os cenários que se vivem são mesmo próprios duma IIIª Guerra Mundial“assimétrica” e o objectivo maior no fundo, é a tomada da inteligência e da alma cultural dos povos em todo o mundo, reduzindo-os à impotência e colocando-os à descrição da barbárie acumulada, ela própria o maior segredo dos negócios que visam dar lucro quando a concorrência é eliminada do mapa.

No Médio Oriente o plano geoestratégico maior que constitui a “rota da seda”, da qual faz parte a rede de oleodutos e gasodutos russos, sofre em cheio os efeitos da subversão “assimétrica” nos termos precisos da IIIª Guerra Mundial e a administração Trump ao render-se a esse “diktat”, dá oportunidade a jogos ainda mais perigosos e radicais que os levados a cabo pelas administrações antecedentes! 

Imagens: contra os antecedentes que são factos de avassalador domínio, nenhum argumento eleitoralista é válido e os obstáculos, na continuação da saga neoliberal que anima a hegemonia unipolar, correm o risco de serem reduzidos a pó!

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