A economia nacional deverá continuar a expandir se não ocorrerem choques externos ou internos que levem a uma queda abrupta da confiança de consumidores e empresas, estima a associação.
Por Leonor Mateus Ferreira
O produto interno bruto (PIB) nacional irá continuar a acelerar no primeiro trimestre do ano, segundo a mais recente previsão do Fórum para a Competitividade. A associação de direito privado, que inclui dezenas de empresas, associações empresariais e personalidades, estima que o PIB português cresça, no primeiro trimestre do ano, 2,1% em termos homólogos e 0,4% em cadeia.
No total do ano, o Fórum para a Competitividade não tem uma estimativa fechada, mas refere que “sem a ocorrência de choques externos ou internos que levem a uma queda abrupta da confiança de consumidores e empresas, a atividade continuará a expandir, devendo crescer entre 1,7% e 2%”, em comunicado.
Apesar da previsão otimista em relação ao crescimento económico no país, a associação considera “bastante provável” que os próximos trimestres registem uma desaceleração do crescimento em cadeia, já que os fatores de suporte do final de 2016 e início de 2017, “fazem já parte do passado”, referindo-se principalmente a aumentos de salários e pensões, bem como reduções de impostos.
“Assim sendo, ao contrário do ano passado, que começou mal, mas acabou melhor à medida o rendimento disponível ia aumentando suportado por salários e pensões, neste ano poderá dar-se o inverso”, explica. “O primeiro trimestre deverá ser o melhor, devendo a atividade desacelerar à medida que o efeito dos estímulos desaparece”.
A estimativa de um crescimento económico entre 1,7% e 2% em 2017 do Fórum para a Competitividade não difere da previsão anunciada na semana passada pelo Banco de Portugal. A instituição liderada por Carlos Carlos prevê uma aceleração do PIB de 1,8% em 2017, mas também alertou que o crescimento económico deverá acelerar após 2017.
Ambos os valores são mais otimistas do que a estimativa do Governo, que está, por enquanto, em 1,5%, mas o ministro das Finanças, Mário Centeno, já avisou que o valor está desatualizado.
No início do mês, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) reforçou as palavras de Centeno e admitiu que a projeção para o crescimento da economia portuguesa este ano pode ser revista em alta em 0,4 pontos percentuais, para 1,9%. No entanto, a instituição liderada por Teodora Cardosa, ressalvou que a estimativa tem em conta o efeito de carry-over, ou seja, arrastamento dos efeitos de um crescimento acima da média.
Fonte: Jornal Económico
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