Mais de 40 mil voluntários do Banco Alimentar contra a Fome vão recolher, durante este fim de semana, alimentos em superfícies comerciais de todo o país, que se destinam a apoiar 420 mil pessoas carenciadas.
Sob o mote "Cada um de nós pode fazer deste dia um dia especial. É preciso mais para que falte ainda menos", a campanha decorrerá em 2.000 hiper e supermercados, apelando à solidariedade dos portugueses, refere a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, em comunicado.
Os 21 bancos alimentares apoiam de forma regular 2.663 instituições, que levam apoio alimentar a 420 mil pessoas com carências comprovadas.
"Todos os dias é travada uma luta contra o desperdício alimentar" e "nos primeiros três meses do ano já foram recuperados mais de seis milhões de quilos de alimentos", adianta a organização.
Em 2016, foram recolhidos quase 26 milhões de quilos de comida, "números que parecem altos mas que ainda não são suficientes para ajudar todos aqueles que precisam", sublinha a organização, apelando: "é necessário mais apoio e mais voluntários.
Segundo a presidente da federação, Isabel Jonet, o número de pessoas apoiadas não tem registado aumentos desde 2015, mas também não diminuiu.
"A maioria dos carenciados são famílias que recebem apoio do BA porque estão em situação de desemprego, têm pensões muito baixas ou, tendo trabalho, não têm o suficiente par viver, porque se encontram sobre-endividados ou auferem salários que não chegam para pagar todas as despesas " afirma Isabel Jonet.
Para ajudar estas pessoas, Isabel Jonet pede aos "portugueses para que não deixem de participar nesta campanha, expressando a sua solidariedade com os mais desfavorecidos mas, simultaneamente, mostrando que não se conformam com o facto de existirem ainda tantos portugueses que vivem com enormes dificuldades".
Em 2016, a campanha angariou 1.967 toneladas de alimentos, um número que a organização gostaria de poder superar este ano.
"Infelizmente, a carência alimentar ainda é uma dura realidade para muitas famílias em Portugal. Existem muitos idosos com baixas pensões de reforma, deficientes sem recursos e pessoas sem-abrigo. Mas existem também muitos trabalhadores pobres", sublinha Isabel Jonet.
"Todo o tipo de alimentos é bem-vindo, mas focamo-nos em produtos básicos como leite, massas, arroz, azeite, cereais e enlatados como feijão, atum, salsichas, entre outros, que permitam uma distribuição mais alargada no tempo", sublinha.
Além da campanha de recolha de alimentos com voluntários, decorre até 04 de junho a Campanha Ajuda Vale em supermercados e nos postos da GALP e BP e a campanha online (www.alimentestaideia.pt).
Fonte: Lusa
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