quinta-feira, 11 de maio de 2017

Jornalista preso ao questionar membro da administração Trump sobre plano de saúde

Secretário da Saúde recusou-se a responder a questões sobre violência doméstica

Um experiente jornalista, Dan Heyman, foi preso depois de ter colocado perguntas sobre o plano de saúde da administração Trump ao secretário da Saúde, Tom Price, e a uma conselheira da Casa Branca, Kellyanne Connway.

Mais concretamente, Heyman queria saber se a violência doméstica seria coberta pelo plano de saúde e se seria considerada uma condição preexistente. Usando uma camisola e a sua identificação de jornalista, "perseguia" os membros da administração Trump pelo edifício West Virgínia Capitol, no estado da Virgínia Ocidental.

Tudo aconteceu quando os alvos das questões de Heyman, que trabalha par a Public News Service, se recusaram a responder e o jornalista continuou a insistir.

Depois de ser libertado, apesar de ainda poder cumprir pena de prisão, Dan Heyman explicou que estava "apenas a tentar" fazer o seu trabalho.

"Este é o meu trabalho, é isto que é suposto eu fazer. Eu penso que são questões que merecem respostas. Penso que o meu trabalho é fazer perguntas e tentar conseguir respostas", disse o jornalista, de acordo com a BBC.

As autoridades dizem que Heyman estava a tentar "furar agressivamente a barreira dos agentes dos serviços secretos, ao pontos de os agentes serem forçados a removê-lo do local".

Foi acusado de interferir com processos governamentais, mas defende-se dizendo que não foi avisado para se afastar e estava num espaço público

A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) já saiu em defesa do jornalista, afirmando que a "detenção é uma tentativa gritante de gelar uma imprensa livre e independente".

"As acusações são absurdas e devem ser retiradas imediatamente. Eles [administração Trump] têm mostrado desde do primeiro dia que não querem saber da Primeira Emenda, ou da imprensa livre. Isto foi só mais um exemplo disso. É horrível", afirmou Lynn Crofts, responsável do departamento legal da ACLU na Virgínia Ocidental.

Fonte: DN

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