Primeiro-ministro adianta que o número de mortos não deverá aumentar.
O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira não ter evidência de que tenha havido falhas no combate aos incêndios, que já fizeram 64 mortos, e garantiu manter a confiança na ministra da Administração Interna e em toda a cadeia de comando.
“Mantenho a confiança na cadeia de comando e assim manterei até estas circunstâncias estarem concluídas. Se, no final, houver responsabilidade teremos que tirar consequências, mas até ao momento não tenho evidência de que tenha havido qualquer falha na cadeia de comando”, afirmou António Costa em entrevista à TVI.
António Costa foi questionado sobre como se justificava uma “tragédia” que fez tantas vítimas, sobretudo de pessoas que morreram na estrada nacional 236-1, encurraladas pelas chamas, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos. António Costa adiantou já ter essa resposta por parte da GNR: que o fogo terá atingido a estrada de forma “inusitada, rápida e repentina”.
Segundo o governante, esta explicação dada pela GNR é “consonante” com a descrição feita no domingo em Pedrógão Grande tanto pelos responsáveis no terreno como pelos populares, de que “foi algo muito súbito e repentino que aconteceu”. O primeiro-ministro adiantou ainda que, contrariamente ao que inicialmente previra, o número de mortos não deverá aumentar mais, pelo menos de forma significativa.
Segundo explicou, havia a expectativa de poderem ser encontradas mais pessoas mortas em aldeias queimadas onde os bombeiros ainda não tinham conseguido entrar. No entanto, António Costa revelou esta terça-feira que todas essas aldeias já foram vistoriadas e mais nenhum cadáver foi encontrado, pelo que novas mortes, a surgirem, poderão decorrer de feridos graves.
Idem BPS
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