Presidente do IPMA diz que é preciso reanalisar todos os dados e "podem existir conclusões que hoje nos parecem óbvias que daqui a uns dias não serão certas..."
Um relâmpago dar origem a um incêndio florestal é algo relativamente comum. Aquilo que os meteorologistas e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) ainda não conseguiram perceber ao certo é como é que o incêndio que nasceu em Pedrógão Grande se propagou tão rapidamente ao ponto de matar e ferir dezenas de pessoas apanhadas desprevenidas com a evolução das chamas.
Costa Alves fala mesmo num "mistério" e num verdadeiro "enigma" para o qual ainda não conseguiu encontrar explicação nos dados que estão disponíveis.
O experiente meteorologista diz que não é possível dizer, por agora, que condições especiais existiam naquela zona a nível meteorológico que permitiram uma expansão ascendente e descendente do ar e do fogo a uma velocidade e dimensão difícil de imaginar devido às diferenças de temperatura entre os níveis baixos e altos da atmosfera".
"É esse o enigma que temos de tentar explicar", afirma, dizendo que o que aconteceu ali foi o chamado "efeito chaminé, uma célula de convecção, muito mais vasta e larga...".
Fonte: TSF
Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
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