O dia começou com perspetivas positivas sobre o combate às chamas, mas Góis continuava ontem à noite a ser uma enorme preocupaçãoEra para ser o dia em que o fogo iria acalmar, mas não. A previsão matinal do comandante das operações revelou-se demasiadamente otimista num dia que acabou por ser, de novo, caótico. O incêndio de Góis era ontem à noite o mais preocupante – 58 quilómetros de chamas, 27 aldeias evacuadas.
O fogo esteve perto do comando operacional. O secretário de Estado abandonou o local por algum tempo, precisamente na mesma altura em que os jornalistas foram aconselhados a entrar dentro de automóveis. O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, mostrava a sua preocupação com a chegada do fogo ao concelho da Lousã.
Ontem foi também o dia em que a Proteção Civil revelou informações que seriam mais tarde desmentidas – primeiro pelo governo e depois pela própria Proteção Civil.
Um avião Canadair tinha caído entre Ouzenda e Louriçal – a notícia foi avançada por todos os órgãos de comunicação social, incluindo a agência Lusa, citando fontes da Proteção Civil. A Força Aérea é mobilizada para procurar o alegado avião despenhado, mas não encontra nada.
E, para espanto do país que há várias horas ouvia através de todos os meios de comunicação social a história da queda do avião, o secretário de Estado Jorge Gomes veio dizer que não sabia de nada. Só tinha lido nas notícias.
Horas mais tarde, em conferência de imprensa, o comandante operacional, Vítor Vaz Pinto, garante que nenhuma aeronave se despenhou. Explicação possível: uma rulote com botijas de gás explodiu e alguém confundiu com um avião, Proteção Civil incluída.
Foi também o dia em que António Costa abriu uma espécie de inquérito sobre tudo o que correu mal no sábado.
Fonte: https://ionline.sapo.pt/568776
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