É
verdade que as leis justas obrigam em consciência. Com maior ou
menor intensidade, consoante a gravidade da matéria e as causas
circunstantes. Se não é justa, rigorosamente a lei não tem
existência própria.
É
quem pode avaliar se a lei é ou não justa? Certamente que a
autoridade religiosa. De contrário caía-se no subjectivismo da
interpretação favorável. Mas de qualquer modo, é necessário agir
de consciência recta e certa. Nunca contra a própria consciência
ou em estado de erro voluntário, ou em dúvida vencível.
Portanto,
também as leis fiscais obrigam em consciência. Também as leis
estradais. Também o serviço militar e outras prestações públicas.
Também o regulamento de sanidade, as disposições de limpeza, a
ordem na bicha de espera, as taxas, as percentagens, o asseio… A
própria vida moral, o comportamento físico, a valorização
cultural… eis tantos pontos de implicação com a sociedade.
Ninguém é uma ilha ou um beduíno isolado do deserto. O eu está
sempre em ligação com o tu e os outros.
Por
Ferreira E. Silva
Livro:
O Homem na Sociedade
Página
nº. 52
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