sábado, 19 de agosto de 2017

5 conselhos do Budismo para educar os nossos filhos

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A filosofia oriental e o budismo estão começando a tornar-se claras referências na cultura ocidental. A sua forma de ver a vida promove o equilíbrio do qual tanto sentimos falta. É a união das nossas forças emocionais que garante o sucesso na vida.
Na cultura ocidental são promovidos outros valores para nos desligar do interior particular e colectivo, enquanto os ensinamentos budistas aproximam-nos mais da exploração das nossas emoções.
Nesse sentido, está claro que queremos que as crianças sejam felizes e que cresçam saudáveis e motivadas. Partindo desse princípio podemos tomar certas atitudes que podem tornar isso uma realidade, e não algo impossível. Vejamos quais os conselhos que podemos tomar do Budismo para alcançar este objectivo.
Os 5 principais conselhos do budismo para promover o bem-estar infantil
1 – Sorria para que eles possam apreciar a brilho dos seus olhos
O facto de sorrir para uma criança que pretende interagir connosco é praticamente instintivo. O que acontece é que com a pressa e os afazeres do dia-a-dia esquecemos desse ponto tão importante e deixamos de nos dirigir a eles dessa maneira. Como consequência, os nossos filhos deixam de sentir-se reconhecidos e, portanto, desligam-se de si mesmos com uma assombrosa rapidez. Se reflectirmos sobre isso, daremos conta de que houve um tempo, já longe para nós, em que deixamos de levantar a vista com assombro e admiração e começamos a procurar outras coisas.
2- Normalizar e validar as suas emoções e sentimentos negativos
O que promove em nós um estado de ânimo negativo pode chegar a dominar-nos. O tédio, ciúmes e a raiva são emoções e sentimentos que nascem de uma maneira natural. Não podemos castigar isso; temos que insistir no facto de que não é errado sentir-se assim e de que é preciso aprender a canalizar estas emoções negativas.
3 – A chave está em organizar os pensamentos
“Controle os seus pensamentos” (Buda). Os pensamentos estão na nossa mente, são um caos e é importante despi-los. Vão e vêm sem nenhum sentido. As crianças, assim como os adultos, inventam coisas ou as interpretam, deixando voar os seus pensamentos.
Dê recursos naturais às crianças para que possam sair desses estados, modelando a sua imaginação e os seus recursos. Temos que ensiná-los que é melhor ler do que ligar a televisão para aplacar o seu tédio e que neles está a possibilidade de criar coisas maravilhosas.
4 – Deixe que eles definam palavras e regras
É importante estabelecer palavras e normas ao redor da criança para que ela aprenda a controlá-las e aprenda o seu valor. Isso ajuda a tornar-se mais consciente, pois a nossa mente muitas vezes está cheia de palavras e normas sem sentido. Por isso é preciso que ela aprenda a pensar no necessário e a falar conforme a sua visão das coisas para que aquilo com o que conviva tenha sentido.
5 – Se esquecerem o espírito, outras coisas ocuparão o seu lugar
Para adequar esses conselhos à educação das nossas crianças não podemos esquecer que elas aprendem com o exemplo. Por isso, se começarmos a andar em uma busca constante por prazer e segurança, num voo contínuo de medo, dor e sensação de desconforto que não nos deixa em paz, vamos ensinar os nossos filhos a fazerem o mesmo.
A palavra Buda vem de budh, cujo significado é “despertar-se”, por isso Buda significa “o que despertou”. Um buda é alguém que despertou de tudo, como se saísse do sono mais profundo, e descobriu que já não sofre, que o sofrimento apenas foi um pesadelo. Segundo o budismo, todos, inclusive as crianças, podem sair desse pesadelo, procurando “não fazer outra coisa que o bem, evitando qualquer dano aos outros e purificando o coração “.
Autora: Raquel Brito

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