segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Abertura | previsão de uma semana complicada

Um líder jamais pode se calar perante a injustiça, a ingratidão ou o desrespeito, o que assistimos é que muitos fazem um pacto com o silencio, ou com a indiferença.

Ser líder para marcar presença nos eventos oficiais, nos almoços vs. jantares, abrir e fechar a porta da Sede da instituição, não sujar o fato e a gravata, não se envolver em questões que o podem comprometer politicamente, não pode ser bom líder, é dos tais que se encosta a um pilar, ou espreita pela esquina, à espera de ver os resultados de quem arregaça as mangas até aos ombros.

Durante 12 anos também podia ter sido um líder destes, mas, não, entreguei-me à causa com tal dedicação, que só assim se compreende como a ADASCA cresceu, sendo mais conhecida pelo País do que propriamente na cidade onde nasceu. Sinal evidente que santos da casa não fazem milagres, e profetas na sua pátria nunca foram acreditados, o que não deixa de ser ingrato.

Fui algumas vezes convidado a integrar listas para presidir os destinos de outras instituições existentes nesta cidade, recusei todos, porque assiste-me um principio: quem é natural desta cidade, tem o dever e a obrigação de dar o melhor de si, às suas colectividades. Além do mais, sendo um sujeito complicado como se consta na boca de muitos que, nem sequer conheço, ou apertei a mão, seria um tolo se enveredasse por tal caminho.

Como diz o titulo desta reflexão, prevemos uma semana complicada, a saber: temos à nossa responsabilidade a Campanha para novos potencias dadores de sangue e de medula óssea, a favor do jovem João Pedro de Ílhavo. Esperamos registar uma boa adesão, mas, também temo que o CST de Coimbra não cumpra com seu dever, passando para o público a ideia que os inscritos para medula não são assim tão necessários, pois, os dadores de sangue são mais proveitosos, dão mais lucro.

Vamos estar atentos, tomando uma decisão a seu tempo. O genérico do programa da conhecida apresentadora Conceição Lino da SIC é como um despertador que devia acordar a todos: e se fosse consigo!

As pessoas saudáveis não admitem ser incomodadas com os problema dos outros. Nós notamos isso com frequência, mais pelas respostas que recebemos aos e-mails que são enviados. Surgem reacções de gente bruta, ainda que lhe assiste o direito de não serem incomodadas. Perguntamos: e se fosse consigo? Ou com um dos seus? Esta é composição da sociedade em que vivemos.

Perante o surgimento de uma leucemia, um cancro, um linfoma, ou outra doença qualquer a gente fina cai por terra. Ficamos todos dependentes uns dos outros, até daqueles com quem não simpatizamos, passamos a tratar com humildade e simpatia. Parece que és bruxo.

Não é só a morte que iguala a gente. O crime, a doença e a loucura também acabam com as diferenças que a gente inventa.” (Lima Barreto). A miséria humana não dá para mais.

J. Carlos
Director








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