Foi
divulgada por todos os meios disponíveis a realização da sessão
de colheitas de sangue e registo para novos dadores de medula óssea,
como ainda a distribuição e afixação de mais de 150 cartazes,
indicando os requisitos considerados necessários aos interessados em
aderir.
Todos
os doentes devem ser tidos em consideração, independentemente do
seu estatuto socioeconómico, ou formação académica, porque a vida
é um valor sem preço, apesar da ingratidão que nos é servida
quando as pessoas se encontram já numa situação mais confortável.
Na
verdade, era expectante uma adesão considerável tendo em linha de
conta o seu objectivo, pois isso não aconteceu, tendo marcado
presença pouco mais que 40 pessoas. Os suspensos, ou não aprovados
atingiu uma percentagem preocupante, levando-nos a pensar que, o que
conta é a dádiva em si, e não tanto a inscrição para medula
óssea. O sangue é ouro, a medula é prata.
Se
o candidato à dádiva de sangue demonstrar interesse em registar-se
em simultâneo para medula, após a avaliação clínica não reunir
as condições para efectuar a dádiva de sangue, não pode avançar
para a recolha de sangue destinada à medula? Ficamos com a percepção
que não. Se a base de registos é assim tão alargada, continua a
fazer sentido sensibilizar as pessoas para se registarem?
O
assunto é delicado, e por isso raros são os especialistas que se
disponibilizam em dar opiniões públicas sobre esta temática.
A
adesão à sessão de colheitas no pretérito dia 18,
entre as 15 horas e as 19:30 horas podia elevar-se para as 50/70
inscrições, essa era a expectativa dos organizadores e familiares
do jovem João Pedro, natural de Ílhavo, que presentemente luta
contra um Linfoma.
A
indiferença, comodismo, “esse problema não é meu” faz-se
sentir no dia-a-dia nesta sociedade que não é a minha, mas, por
força das circunstancias tenho de movimentar-me no seu meio, muitas
vezes com o sentimento da vergonha, que devia tornar-se um peso nos
ombros de outros, que prometem tudo em certas ocasiões.
As
campanhas de sensibilização para a dádiva de sangue acarretam
elevadas despesas, valores muitas das vezes insuportáveis, tornando
difícil a vida das associações de dadores, nomeadamente aquelas
que não têm fontes de receitas, os apoios financeiros oficiais são
escassos, senão mesmo nulos. Ainda assim, existe quem tire proveito
ilícito do trabalho alheio como acontece com certo grupo existente
em Aveiro.
Sim,
os tais que sofrem da paranóia do jet
set |djéte
séte| do
snobismo social,
para
não os classificar de
“jobs
for the boys”.
Pobres
de espírito, reveladores de atitudes de
baixo
nível.
Caros
colegas dadores, abram os olhos, não contribuam para o sustento das
vaidades daqueles que vos chutam para canto, após a dádiva, só
se lembrando de vós quando chegar a nova data para esticar o braço
de novo.
Esta
a verdade que me queima quando vejo o absurdo em certas pessoas, com
responsabilidades administrativas.
J.
Carlos
Director
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