quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Câmara de Cantanhede já tem um balanço preliminar do incêndio de 15 de outubro

O balanço preliminar do incêndio de 15 de outubro no concelho de Cantanhede aponta para seis mil hectares de floresta queimada, uma unidade industrial que emprega 140 trabalhadores totalmente consumida pelas chamas, a destruição de uma oficina de automóveis onde trabalhavam quatro pessoas e avultados prejuízos em várias explorações pecuárias, incluindo a morte de mais de 50 animais, além de máquinas agrícolas e inúmeras colmeias ardidas. Estes dados foram transmitidos à Comissão Distrital de Proteção Civil de Coimbra numa reunião realizada ontem, 18 de outubro, no salão nobre dos Paços do Município, na sequência do primeiro levantamento realizado no terreno pela presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, juntamente com técnicos da autarquia.
A Comissão Distrital de Proteção Civil de Coimbra é a entidade que no âmbito da CIM-Região de Coimbra representa a Autoridade Nacional de Proteção Civil a nível político e o seu presidente, João Ataíde, que é também líder do executivo camarário da Figueira da Foz, veio a Cantanhede fazer um ponto da situação do grande incêndio de 15 de outubro, no âmbito de um périplo pelo distrito. No encontro com Helena Teodósio participaram ainda Luís Matias, presidente da Câmara Municipal de Penela, também em representação da CIM-Região de Coimbra, os vereadores da autarquia cantanhedense Pedro Cardoso e Adérito Machado, este último na qualidade de presidente dos Bombeiros Voluntários, o Comandante Distrital de Operações de Socorro, Carlos Tavares, o secretário-geral da CIM – Região de Coimbra, Jorge Brito, e o Comandante Operacional Municipal, Hugo Oliveira.
No relato circunstanciado que fez das principais ocorrências, a presidente da Câmara Municipal deu conta que o fogo entrou no concelho pela faixa florestal litoral, na confluência com o território da Figueira da Foz, tendo depois alastrado de modo devastador pelas freguesias da Tocha, S. Caetano e Corticeiro de Cima.
A autarca sublinha que “os Bombeiros Voluntários de Cantanhede foram inexcedíveis no combate a um incêndio com proporções nunca vista no concelho, não obstante a manifesta falta de meios para fazer face a situações com tal dimensão, sem esquecer o imprescindível papel dos demais agentes da proteção civil municipal. Lamentavelmente o princípio da subsidiariedade não funcionou e não pudemos contar com o apoio de outros meios, tal como aconteceu noutras zonas do país”, refere Helena Teodósio, que enaltece “as populações locais que se mobilizaram para fazer frente ao incêndio, tendo contribuído decisivamente para a defesa e proteção de bens”.
Entretanto, para além do levantamento exaustivo dos prejuízos que está em curso, os serviços técnicos de ação social da Câmara Municipal estão já no terreno a identificar as situações de famílias afetadas que eventualmente precisem de apoio. Neste âmbito, o presidente do conselho de Administração do Hospital de Cantanhede, António Sequeira, manifestou à presidente da Camara Municipal disponibilidade para a unidade hospitalar participar no processo, nomeadamente através da intervenção de profissionais de saúde na prestação de assistência médica e psicológica nos casos em que isso seja necessário.


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