David Dinis, Director
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Ora viva, bom dia!
As notícias desta manhã contam-se assim:
Na Austrália, a polícia evitou um péssimo final de ano: deteve um homem de 20 anos acusado de planear a utilização de uma arma automática para realizar um homicídio em massa na noite de passagem de ano na baixa de Melbourne, a segunda maior cidade da Austrália.
Trump gozou com a "Pocahontas" do Congresso. O Presidente norte-americano referiu-se assim à senadora democrata Elizabeth Warren, numa cerimónia de homenagem a indígenas que serviram na II Guerra Mundial. E, digamos, não deixou os homenageados muito felizes com o comentário.
O SPD pôs uma Europa mais forte na agenda de Merkel. Para repetir um acordo de coligação, Martin Schulz quer a garantia de que a chanceler aposta numa "reforma" da zona euro - um interessante sinal de aproximação às propostas do presidente francês, Emmanuel Macron, conta o Financial Times.
Bruxelas já tem uma proposta para um FMI europeu. O plano da Comissão, conta esta manhã o El Pais, é um pouco menos ambicioso do que se previa, para não tornar ainda mais difíceis as negociações na Alemanha.
O que marca o dia
Censura, diz ele. Voltamos aos incêndios - e a Xavier Viegas, o especialista que o Governo contratou para estudar o que aconteceu em Pedrógão. E voltamos à acusação de censura (uma vez mais, depois do que aconteceu com o número de vítimas), agora por causa de uma outra decisão do Governo: a de pedir à Comissão de Protecção de Dados um parecer sobre a divulgação do capítulo do relatório que descreve como morreram as vítimas. Diz Xavier Viegas, num artigo que hoje publicamos, que o veto dessa comissão é "injustificada" e uma "censura". E que o que o Governo publicou "omite questões importantes". É a nossa manchete e pode ser lida aqui.
Ainda sobre incêndios, outra acusação ao Governo: o PSD diz que estão a ser adiados pagamentos a bombeiros - colocando várias corporações em dificuldades.
Costa está "momentaneamente cansado". No jantar-comício de celebração dos dois anos de Governo, António Costa disse estar preocupado com o futuro - mas garantiu ter as "ganas e determinação" para prosseguir e ir além do Programa de Governo.
Mas ontem abriu uma guerra com o Bloco. Uma cambalhota do PS, que acabou no chumbo socialista à contribuição sobre as renováveis proposta pelo Bloco, levou Mariana Mortágua a dizer assim: “O Governo não honrou a palavra dada". E a decisão, diz o Observador, foi do próprio PM, que não quis "mais guerras" com as eléctricas.
Marcelo diz-se "expectante". Numa brevíssima declaração aos jornalistas, noite fora, o Presidente insistiu que quer estudar o Orçamento antes de pôr nela a sua assinatura. Adivinha-se, portanto, uma notinha de rodapé.
Uma síntese do que o PR encontrará no OE2018: aqui estão 11 medidas que vão mexer com o orçamento dos contribuintes.
Para Moscovici, Centeno não é favorito. Em declarações à TSF, o comissário europeu das Finanças põe o português a par de outros nomes. E avisa que o quadro dos candidatos tem que estar fechado até quinta-feira.
Os trabalhadores do Infarmed querem a ajuda do PR. Numa carta enviada a Marcelo, dizem que o organismo levaria 10 anos a recuperar da mudança para o Porto. Quem não se incomoda é Fernando Medina: o autarca diz "confiar" no que decida o Governo.
Falando em Lisboa, anote estas duas notícias: o Airbnb entregou à Câmara quase 5 milhões de euros em taxa turística; e os lisboetas querem isto 'em troca'.
Duas notícias tristes para registar: o último yazidi em Portugal entrou em greve de fome. E um lar de infância suspendeu as funcionárias que denunciaram maus tratos.
Noutra casa, a Altice, os trabalhadores torcem o nariz: o novo chefe fez promessas mas, como diz o provérbio, o pobre desconfia.
Pobre vai a campanha no PSD. Santana exige debates, Rio diz que sim, talvez. E Costa aproveita o filão e mete o nariz. E assim vão as glórias do mundo.
Para ler, sem parar
1. Príncipe Harry: de rock star a jóia da coroa. Ontem anunciou o seu noivado com Meghan Markle e deixou o Reino mais unido. Mas o filho mais novo de Diana e Carlos já há anos vem ocupando um papel cada vez mais preponderante na vida pública da família real. A Catarina, que já adivinhava o anúncio, contou o porquê assim.
2. O herbicida da polémica vai ficar mais 5 anos no mercado. Foram dois anos e meio de polémica - e reautorizações temporárias -, até que a Europa decidiu dar-lhe uma nova oportunidade. Agora é preciso explicar o que é que acontece ao glifosato, quando foi inventado e quantos relatórios foram elaborados sobre este herbicida - e o que dizem eles. As perguntas e respostas estão aqui.
3. Como está a nossa vinha a enfrentar as alterações climáticas? O vinho é uma das marcas de Portugal. Mas as alterações climáticas podem deixar a videira no limiar da sobrevivência: o aumento da temperatura e a falta de água podem afectar as videiras. Uma das formas de atenuar o impacto das alterações climáticas é a selecção de castas mais resistentes. A Teresa Serafim faz uma prova.
4. Os directores das escolas têm de fazer de polícia das cantinas. A reportagem lança-se assim: "De peixe não gostam. A carne é pouca. O arroz está cru. A fruta é sempre a mesma. Almoçar em cantinas escolares não é sempre igual. E não é fácil. Os alunos queixam-se nas redes sociais. Os directores de escolas têm de vigiar refeitórios. A gestão deve ser privada ou feita pelo Estado?" Ora vamos lá ler a Joana Gorjão Henriques.
Agenda do dia
António Costa recebe comissão que está a definir critérios das indemnizações às famílias das vítimas dos incêndios. O ministro Vieira da Silva dedica-se a procurar soluções para integrar os sem-abrigo. A oposição (melhor dizendo, o PSD) reúne-se com a direcção do Infarmed (imagino que perceba porquê). E o Parlamento discute várias propostas para mudar a supervisão bancária.
Atenção também ao relatório da OMS sobre o VIH/Sida na Europa, que é divulgado esta manhã. E ao plano da DGS sobre saúde sazonal, que inclui a vacinação contra a gripe.
Lá por fora, a OCDE actualiza as suas estimativas económicas. O próximo presidente da Fed vai a exame numa audição no Senado. E o Governo da Irlanda passa por um teste decisivo: cairá com uma moção de censura?
Hoje termino com este texto que descobri ontem à noite no editor de saúde do New York Times. Perguntava ele por lá: "Por que não fazer o que pode para ser feliz? Claro que consegue, pelo menos tentar: reprima pensamentos negativos, trate-se como a um amigo, passe tempo na natureza, encontre um propósito no seu trabalho e, globalmente, dê a si mesmo um desconto". Simples, certo? O texto está aqui.
Tenha um dia em grande. Até já!
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