No momento em que recebeu a notícia da morte de um quinto doente infetado com legionela, esta manhã no Parlamento, o ministro da Saúde reconheceu que devia um pedido de desculpa aos utentes “enquanto responsável político do Governo”
ministro da Saúde reconheceu esta manhã que diversas entidades, incluindo o próprio Adalberto Campos Fernandes, deve um pedido de desculpas às vítimas da legionela.
“Os utentes são credores de um pedido de desculpa. De um pedido de desculpa do hospital, das empresas que tinham por responsabilidade fazer a vigilância da segurança, quer das condições ambientais quer das condições de segurança clínica, naturalmente da ARS de Lisboa e vale do Tejo mas também, porque eu tutelo todos estes organismos, de mim próprio enquanto responsável político do Governo”, disse Adalberto Campos Fernandes no Parlamento.
Durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2018, o responsável pela pasta da Saúde que as vítimas da legionela devem ser objeto de uma reparação no âmbito da responsabilidade civil por quem tenha falhado. "Tem de haver reparação no âmbito da responsabilidade civil por quem possa não ter feito aquilo que devia ter sido feito", disse.
O surto de legionela, que infetou 48 pessoas, começou no dia 3 de novembro e Adalberto Campos Fernandes garantiu que o seu ministério tudo fará para que a origem seja identificada.
"Isto não serve de desculpas para que os hospitais e as empresas não estejam reguladas por uma legislação mais exigente", disse, anunciando que na próxima quarta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) vão publicar orientações atualizadas e "mais exigentes" para estas situações.
O ministro recordou ainda que tanto a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e o Ministério Público estão a acompanhar o caso.
Lusa
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