Os aviões C-130 da Força Aérea (FAP) poderão vir a estar de novo envolvidos no combate aos fogos florestais, segundo foi adiantado pelo ministro da Defesa no Parlamento. O JN sabe que o envolvimento destas aeronaves integra já o estudo pedido à FAP pelo Governo no sentido de um maior envolvimento nos incêndios.
O estudo foi entregue pela Força Aérea ao ministro Azeredo Lopes na passada semana, depois de o primeiro-ministro António Costa ter dito que ia haver um maior empenhamento das Forças Armadas nos fogos. Logo depois, Azeredo Lopes pediu à FAP um estudo detalhado sobre os meios disponíveis e o futuro empenhamento, um relatório que está agora concluído.
Os C-130 iriam ser abatidos com a vinda dos KC-390, a partir de 2021, mas agora, face ao cenário dos incêndios do Verão, o cenário está a mudar. Por determinação ministerial e face à possibilidade dos C-130 participarem no combate aos fogos, a FAP está a fazer a reavaliação da frota de cinco aviões, no sentido de verificar quantos C-130 poderão ser disponibilizados para a missão e quais os custos financeiros da reconfiguração.
O objetivo é aumentar a frota de aviões pesados do Estado com capacidade para apoiar a Proteção Civil, uma vez que dois KC-390 irão ser dotados com kits para lançamento de calda retardante ou água. O intuito é manter também dois ou três C-130 com a mesma capacidade, da atual frota de cinco, em vez de os alienar, como estava previsto antes dos incêndios de 15 de outubro.
Os C-130 chegaram a estar dotados com kits daquele tipo, voando em missões de combate aos incêndios, até 1993. Os aviões eram usados não no ataque direto mas no indireto, no sentido de criar zonas negras para impedir a progressão do fogo. No entanto, setores da proteção civil entenderam que essa não era a melhor estratégia, parando a operação, o que abriu caminho à contratação a privados de mais meios aéreos pesados. Agora a estratégia parece ter mudado.
Fonte: https://www.jn.pt/
idem BPS
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