segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Eu, Psicóloga | Imagens de dois cérebros infantis mostram a diferença que o amor dos pais faz.


O cérebro da criança amada (esq.) é maior e mais uniforme que o da criança negligenciada (dir.); as áreas escuras, mais intensas no cérebro da direita, são como espaços vazios.

Quando alguém disser que amor demais "faz mal" à criança, tenha à mão essa imagem impressionante de dois cérebros infantis: o da esquerda é o de uma criança de três anos que foi bastante amada e cuidada pelos pais desde bebê. O da direita é o de uma criança da mesma idade que foi negligenciada.

As tomografias divulgadas pelo Texas Children's Hospital, nos Estados Unidos, deixam clara a diferença que o amor dos pais ou cuidadores faz no desenvolvimento dos bebês. O cérebro da direita, que é menor e tem estruturas mais obscuras, pertence a um bebê que viveu quase toda a vida com uma família abusiva, que lhe causou sofrimento e traumas emocionais. Já o da esquerda, visivelmente maior, vive com uma família amorosa e feliz.

"Estas imagens mostram o impacto negativo que a negligência e os maus-tratos têm no desenvolvimento do cérebro do bebê e criança. Este cérebro da direita é bem menor do que a média esperada para esta idade e tem ventrículos aumentados e atrofia cortical. Essencialmente, isso significa que o bebê da direita vai sofrer com atrasos no desenvolvimento e problemas de memória", explicou o professor e psiquiatra Bruce Perry, chefe do setor de psiquiatria do Texas Children's Hospital, em reportagem do portal britânico Daily Mail.

O especialista explicou ainda que bebês e crianças que sofrem negligência emocional nos seus primeiros anos de vida têm dificuldades para formar vínculos saudáveis com outras pessoas, podendo desenvolver, no futuro, problemas em relacionamentos, tornando-se excessivamente dependentes de outras pessoas ou socialmente isolados.

O cuidado, o carinho e as demonstrações de afeto ajudam o bebê e a criança a se desenvolver de forma saudável e, ao contrário do que muitos dizem por aí, amor nunca é demais. Quanto mais segura e amada se sente a criança, mais ela desenvolve os mecanismos que levam à autonomia, independência e segurança emocional.

Já as crianças negligenciadas, de acordo com o psiquiatra Bruce Perry, podem desenvolver estresse muito cedo e ter problemas emocionais e de memória, o que dificulta todo o seu desenvolvimento.

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