segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Há cada vez menos portugueses a emigrar

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O Observatório das Migrações revela que em 2016 registou-se o valor mais baixo dos últimos cinco anos.

Em 2016, saíram do país 100 mil pessoas, menos 10 mil do que em 2015. De acordo com o Observatório das Migrações, este é o valor mais baixo dos últimos cinco anos.
O organismo fala numa tendência de decréscimo, justificada pela descida da emigração para dois países - Reino Unido e Angola.
Estes dois dos principais destinos dos emigrantes portugueses registaram, pela primeira vez nos últimos anos, uma diminuição da procura. Angola de forma mais acentuada. Em 2016 a quebra foi de 41,6%, ano em que emigraram para este país perto de 4 000 portugueses. No caso do Reino Unido, apesar de continuar a ser o destino de eleição (mais de 30 000 portugueses escolheram o ano passado este país para viver) registou-se também uma descida cifrada em 5,4%.
Em declarações ao jornal Público, o responsável pelo Observatório das Migrações, Rui Pena Pires, perspetiva que nos próximos anos a tendência dever-se-á manter. No caso do Reino Unido pelos receios decorrentes do brexit, no caso de Angola por causa da desvalorização da moeda associada à crise do petróleo.
Em sentido contrário, a Irlanda registou o maior crescimento do número de emigrantes - mais de 38%, no entanto, num universo muito reduzido. Em 2016 chegaram a este país 426 portugueses. A Espanha foram quase 8000, uma subida de mais de 15% face a 2015.
O relatório do Observatório das Migrações, que é apresentado esta segunda-feira, revela também informação sobre quem procura Portugal e à cabeça este dado: quase metade dos estrangeiros que vivem no país está em risco de pobreza ou privação.
É certo que se registou uma ligeira melhoria, ainda assim, o ano passado, o número de estrangeiros a viver em Portugal com rendimentos abaixo do limiar da pobreza (5 euros e 40 cêntimos por dia) era de 45,6%. Nesta percentagem estão também contabilizados os imigrantes em situação de privação material e severa, ou seja, as pessoas incapazes de assegurar uma refeição de carne ou peixe (ou equivalente) pelo menos de dois em dois dias, ter a casa aquecida, fazer face a uma despesa inesperada ou ter telefone.
Esta percentagem próxima dos 50% compara com os 24,5% de portugueses que se encontravam em 2016 nesta situação.
O observatório das migrações nota que apesar da elevada percentagem de estrangeiros em risco de pobreza, a relação entre as contribuições para a segurança social destes imigrantes e aquilo que recebem em prestações sociais, representa um saldo positivo para a segurança social de mais de 400 milhões de euros.
Esta segunda-feira assinala-se o Dia Internacional das Migrações. A data vai ser assinalada com umas jornadas em Lisboa marcadas para a Fundação Calouste Gulbenkian.

Fonte:TSF
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