João António Pagliosa |
Um pouco de estultícia (esperteza), para a sabedoria e para a honra é como uma mosca morta que o perfumista utiliza para fabricar o unguento que exala mau cheiro.
A estultícia deteriora a honra e macula a sabedoria. Ela é antagônica a sabedoria pois o coração do homem sábio se inclina para o lado direito, mas o do estulto, para o lado esquerdo.
Prezado leitor, não se ausentes quando se levantar contra ti a indignação de pessoas poderosas. Isso já aconteceu comigo, e lembro que o ânimo sereno sempre acalma os grandes opressores.
É comum observarmos pessoas poderosas reservarem altos cargos a tolos e néscios, enquanto sábios são designados a posições inferiores. Situações assim sempre fazem o povo perecer. E sofrem mais, aqueles que menos tem.
Se o ferro possui alguma ferrugem, e não se lhe afia o corte, é preciso multiplicar a força; mas a sabedoria resolve a questão com bom êxito.
Numa conversa informal é fácil observar que as primeiras palavras na boca de um tolo são estultícia, porém as últimas são loucura perversa.
O estulto fala muito, e por muito falar, enreda-se em suas próprias palavras.
A preguiça fará desabar o teto, e pela frouxidão das mãos goteja a casa. Porém, ditosa é a casa onde seus membros sentam-se à mesa a seu tempo, para refazerem suas forças, e não para a bebedice.
Nunca amaldiçoes aquele que detém o poder e nem tampouco o rico. Não faça isso nem mesmo no interior de teus aposentos porque as aves do céu poderiam levar a tua voz, e o que tem asas daria notícias de tuas palavras.
Seja sempre pacífico... Aprenda a viver em paz com todos.
Praia de Fora, 09 de janeiro de 2018.
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