Temos maior acesso à inovação terapêutica no caso da hepatite C. |
O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, presidiu, esta sexta-feira, dia 26 de janeiro de 2018, no Auditório da Caixa Geral de Depósitos (Culturgest), em Lisboa, à sessão solene das 11.ªs Jornadas de Atualização em Doenças Infeciosas do Hospital Curry Cabral, integrado no Centro Hospitalar Lisboa Central.
Na abertura da sessão, o Ministro da Saúde recordou que o Programa Nacional de Vacinação, universal, gratuito e acessível em todo o país, é o principal fator de sucesso no controlo das doenças infeciosas em Portugal. Tendo referido que «implementamos em 2017 um novo esquema de vacinação onde, entre outras alterações, introduzimos:
O SIMPLEX+ trouxe consigo a versão digital do Boletim de Vacinas, acessível através do Portal SNS aos cidadãos e profissionais, incluindo os do sector privado.»
No encontro de dois dias, em que especialistas nacionais e internacionais debatem as epidemias recentes do sarampo e hepatite A em Portugal, a resistência aos antimicrobianos nos hospitais, a infeção por vírus da imunodeficiência humana (VIH), a tuberculose, a hepatite C e hepatite E, o governante frisou que «os grandes desafios de hoje relacionam-se com o controlo da infeção pelo VIH, com o controlo da infeção pelo vírus da hepatite C, com a diminuição das infeções associadas aos cuidados de saúde e com o aumento da resistência aos antimicrobianos.
Nesse sentido, em 2017, Lisboa, Porto e Cascais assinaram a declaração de Paris, colocando as três cidades na trajetória da via rápida para acabar com VIH. Ao assinarem esta declaração, estas cidades comprometeram-se em atingir as metas 90-90-90 (90 % diagnosticadas, 90 % em tratamento, 90 % com supressão viral) até 2020, e a remover as barreiras de acesso aos serviços de prevenção, seguimento e tratamento das pessoas infetadas por VIH.» relembrou.
Na ocasião, Adalberto Campos Fernandes informou que já foram publicadas as normas de orientação clínica pela Direção-Geral da Saúde e que encontra-se em fase final de validação pelo INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, para a disponibilização da Profilaxia Pré Exposição ao VIH (PREP).
A este propósito, o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, acrescentou ainda que «atualmente estão em marcha vários projetos para alargar o rastreio das infeções por VIH e hepatites às farmácias».
Recorda-se que a decisão de tratar todas as pessoas infetadas pelo vírus da hepatite C faz com que Portugal seja um dos primeiros países a nível mundial, a implementar uma medida estruturante para a eliminação deste grave problema de saúde pública. Temos hoje um maior acesso à inovação terapêutica no caso da hepatite C.
A organização das 11.ªs Jornadas está a cargo da Associação Estudos, Núcleo e Grupo de Doenças Infeciosas de Lisboa (NUGEDIL), liderada pelo Diretor do Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital Curry Cabral, Fernando Maltez.
No âmbito das jornadas, que tiveram início no dia 25 de janeiro, realizar-se-á ainda uma conferência sobre as doenças infeciosas, a pobreza e a imigração na Europa.
Estas Jornadas realizam-se de dois em dois anos. As 10.ªs foram em janeiro de 2016.
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