quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Eurocidade do Guadiana reconhecida


A Eurocidade do Guadiana, constituída pelos municípios de Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António acaba de ser reconhecida como Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT).
Através deste instrumento, torna-se agora mais fácil a cooperação transfronteiriça transnacional entre as três autarquias, dando-lhes, por exemplo, a possibilidade de se candidatarem directamente, enquanto órgãos de poder local e regional de diferentes Estados-Membros, aos fundos europeus e de os gerirem.

Através deste estatuto, concedido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento e Coesão, no caso português, pode também ser confiada à Eurocidade do Guadiana a execução de programas cofinanciados pela União Europeia ou de outros projetos de cooperação transfronteiriços.

Para Conceição Cabrita, presidente da Câmara de Vila Real de Sto. António, município que assume actualmente a presidência da Eurocidade, “este reconhecimento reforça ainda mais a união entre as três autarquias, que podem assim aceder a projectos e fundos europeus, beneficiando das economias de escala e ampliando o raio de acção das suas medidas, que passam agora a beneficiar dois países e duas regiões em simultâneo”.

Tal pode abranger a gestão de meios de transporte ou de hospitais, a execução de planos de desenvolvimento transfronteiras, bem como a gestão de programas conjuntos para financiar projectos de interesse.

Os AECT foram criados em 2006 pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho, com o apoio político do Comité das Regiões.

São entidades jurídicas criadas para facilitar a cooperação transfronteiriça, transnacional ou inter-regional na União Europeia e permitem que as autoridades regionais e locais e outras empresas públicas de diferentes Estados-Membros criem agrupamentos dotados de personalidade jurídica para prestar serviços conjuntos.

Regra geral, possuem membros em, pelo menos, dois Estados-Membros, apesar de existirem regras especiais em caso de participação de países e territórios ultramarinos e vizinhos.

Fonte: O Algarve Económico

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